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Crise social na Espanha ganha destaque nas manchetes francesas

A crise econômica e social na Espanha e a queda, ontem, das bolsas de valores na zona euro estão em destaque nas manchetes desta terça-feira, 24 de maio.

Capa do jornal francês l'Humanité destaque para o protesto dos "Indignados" nas ruas da Espanha
Capa do jornal francês l'Humanité destaque para o protesto dos "Indignados" nas ruas da Espanha RFI
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A praça da Porta do Sol em Madri, ocupada por milhares de jovens revoltados com o desemprego na Espanha, ganha destaque na imprensa francesa. O jornal comunista L'Humanité reproduz em sua manchete a palavra de ordem do movimento: indignados. Libération se refere às manifestações, iniciadas há uma semana, como a "primavera ibérica", notando que os jovens espanhois desafiam a classe política. Depois de ouvir o porta-voz do movimento da praça da Porta do Sol, Les Echos afirma que os protestos estão apenas no começo.

Le Figaro destaca que a crise social na Espanha, associada ao impasse econômico na Grécia e agora a preocupação de que a Itália também necessite de socorro financeiro afetam seriamente a moeda única europeia. Esse ambiente de incertezas fez a bolsa de Paris perder nessa segunda-feira 2,1% e o euro recuar a 1,40 dólar. A maior preocupação dos analistas continua sendo a Grécia, afirma o diário conservador. O governo grego prometeu acelerar o programa de privatizações para reduzir o déficit público, mas na prática as reformas não avançam.

Há dez dias uma missão do FMI, do Banco Central Europeu e da União Europeia foi à Grécia avaliar a situação financeira do país. O relatório dessa visita não foi divulgado até hoje, nota um analista nas páginas de Le Figaro, dando a entender que a situação deve estar péssima, daí o silêncio constrangedor. O mesmo analista explica que a Grécia deveria reduzir sua dívida de 30% a 35%, prolongando o prazo de reembolso. O problema é que muitos bancos privados europeus perderiam dinheiro nessa operação, levando os estados a injetar novos recursos para salvar essas instituições. Esse socorro contínuo a países indisciplinados revolta os contribuintes europeus, que têm a impressão de estar pagando para salvar investidores privados, uma situação que tem graves consequências para o futuro político da zona euro.
 

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