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Strauss-Kahn não tinha mais condições para dirigir o FMI

O caso Dominique Strauss-Kahn continua sendo o principal destaque da imprensa francesa desta quinta-feira. Os jornais fecharam suas edições antes da decisão do diretor-gerente do FMI renunciar do cargo, mas alguns diários já antecipavam a decisão.

Dominique Strauss-Kahn domina imprensa francesa.
Dominique Strauss-Kahn domina imprensa francesa. RFI
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O Les Echos lembra que para o governo americano, Strauss-Kanh, acusado de tentativa de estupro e detido na prisão de Rikers Island, de Nova York, não tinha mais condições para dirigir o FMI e que as pressões pedindo sua renúncia se multiplicaram nas últimas horas. O jornal econômico afirma que, com a demissão, a queda de braço entre americanos, europeus e emergentes pela escolha do sucessor de Strauss-Kahn já começou. Les Echos revela que o ex-ministro da Economia turco, Kermal Dervis, tem o apoio dos Estados Unidos, principal acionista do FMI. Mas os europeus se mobilizam para continuar a dirigir a instituição.

Le Parisien tenta entender por que o caso Strauss-Kahn interessa tanto os franceses. A primeira explicação, segundo o tablóide, é o fato deste escândalo, que envolve sexo, política, poder, dinheiro e mídia, ser inédito na história política francesa. Um caso inédito, mas não faltaram nos últimos dias testemunhos de personalidades políticas francesas dizendo que sabiam da fama de mulherengo de Strauss-Kahn.

Em editorial, Libération critica a falta de responsabilidade política de líderes do Partido Socialista, que se sabiam desta fama, e deveriam ter tomado providências antes. Agora, que o candidato favorito do partido as presidenciais francesas está fora do páreo, os eleitores de esquerda estão sozinhos, em cólera e se sentindo até mesmo traídos.

Libération também tenta desvendar o mistério da suíte 2806, do Hotel Sofitel de Nova York, onde Strauss-Kahn teria violentado a camareira, antes da aguardada decisão do júri popular sobre o indiciamento ex-diretor do FMI. O jornal diz que a defesa da guineense de 32 anos, cuja identidade não foi revelada, passou para a ofensiva.

A vítima confirmou o abuso sexual, completa o Le Figaro. Agora, o objetivo dos advogados de Strauss-Kahn é encontrar as fraquezas e contradições do testemunho da camareira para acabar com sua credibilidade.
 

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