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Milionários na França vão pagar menos imposto sobre suas fortunas

A reforma do imposto sobre a fortuna na França é um dos principais destaques da imprensa francesa desta quinta-feira. O L'Humanité criticou duramente a reforma do governo sobre as grandes fortunas. O governo aumentou o valor do patrimônio para cobrar impostos mas, por outro lado, reduziu a taxa de pagamento, salientou o jornal. Resultado, segundo o jornal comunista: os mais ricos pagarão menos impostos. Os milionários acertaram o jackpot, intitula o L'Humanité.

Manchete do jornal l'Humanite: "Reforma do imposto sobre a fortuna: Os milionários vão ganhar o jackpot"
Manchete do jornal l'Humanite: "Reforma do imposto sobre a fortuna: Os milionários vão ganhar o jackpot" l'humanité
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O econômico Les Echos explica que após o Conselho de Ministro aprovar a mudança na aplicação do imposto sobre o patrimônio dos mais ricos da França, o ministro das Finanças, François Baroin, anunciou ainda que está em estudo um novo projeto para taxar os salários mais altos, dos que ganham entre 2 e 3 milhões de euros por ano. O órgão do tribunal de contas encarregado de arrecadação de impostos estima que do jeito que é cobrado, o imposto de renda sobre os salários não contribui para reduzir as desigualdades do país e o nível de arrecadação é medíocre. A ideia do governo, adianta o Les Echos, é criar um imposto que seja progressivo para evitar a fixação de um teto para os salários mais altos.
O Libération traz em sua capa outra reforma polêmica na França, a do salário oferecido pelo governo para a população mais pobre do país que não tem mais direito ao seguro desemprego. O jornal ouviu 4 pessoas que respondem à declaração do ministro dos Assuntos Europeus, Laurent Wauquiez, de que a ajuda do governo sem contrapartida dos beneficiados virou o "câncer" da sociedade francesa. Em editorial o jornal afirma que o vocabulário agressivo empregado pelo ministro Wauquiez estigmatiza as pessoas mais frágeis da sociedade e o desqualifica para qualquer diálogo.
O Le Figaro dedica sua manchete ao diretor-geral do FMI, o Dominique Straus-Khan. Para jornal conservador, os socialistas franceses preparavam a volta dele ao cenário político local para iniciar sua campanha com vistas às presidenciais de 2012. Mas, segundo o Le Figaro, o agravamento da crise financeira da Grécia vai ocupar por mais tempo seu trabalho como chefe do Fundo Monetário Internacional e poderá comprometer seu calendário político já que as primárias socialistas na França para designar o candidato do partido vão começar dentro de um mês e meio.
 

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