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Festival de Cannes precisa selecionar filmes com novas tecnologias, diz Libération

A abertura do festival de cinema mais badalado do mundo, o de Cannes, estampa as manchetes de toda imprensa francesa nesta quarta-feira, 11 de maio.

Capa do jornal francês Liberation desta quarta-feira 11 de maio de 2011
Capa do jornal francês Liberation desta quarta-feira 11 de maio de 2011 liberation.fr
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O jornal de esquerda Libération pediu a 32 diretores de cinema escolherem uma imagem de um filme que ilustrasse a realidade atual. As cenas escolhidas por cineastas como Roman Polanski e Claire Denis refletem a diversidade de olhares sobre o mundo de hoje. Os clichês escolhidos vão desde a felicidade de John Travolta nos tempos da brilhantina até a solidão do robozinho Wall-e em meio ao caos, passando ainda pela violência dos filmes de faroeste com John Wayne. A reportagem principal do jornal questiona se esse não será o último Festival de Cannes, já que o próprio cinema passa por uma grande revolução de meios e de produção. Qualquer pessoa com uma simples câmera portátil pode realizar filmes hoje em dia, vistos em diferentes suportes como computadores e telefones celulares, e com imagens em 3 D.

O editorial do Libé diz que o maior festival de cinema do mundo está diante de uma dupla revolução: a tecnológica e a cultural. Para sobreviver, escreve o Libé, o festival deverá estar mais atento às aspirações do público e selecionar filmes em maior sintonia com as novas tecnologias.

Para Le Parisien, a 64ª edição do Festival de Cannes deve ser bem mais glamurosa. O jornal lembra que no ano passado a seleção foi fraca e a escolha do filme vencedor tailandês, sobre morte e vidas passadas, foi muito criticada. Segundo Le Parisien, o júri presidido pelo americano Robert de Niro terá a difícil missão de conceder a Palma de Ouro para os 20 filmes em competição, entre eles as últimas obras de Pedro Almodóvar, dos irmãos Dardenne e de Nanni Moretti. Como a maioria ainda é inédita, o suspense será grande até o fim, estima o jornal. Diante também da quantidade de estrelas que vão desfilar pelo tapete vermelho, Le Parisien afirma que Cannes parece ter encontrado sua fórmula mágica entre cinéfilos e glamour.

Le Figaro publica uma entrevista com Woody Allen, o diretor americano do filme "Meia noite em Paris", escolhido para fazer a abertura do festival esta noite, mas que não está em competição. O roteiro do filme surgiu ao juntar duas palavras, meia noite e Paris, e daí veio a ideia de fazer um filme romântico, disse Woody Allen ao jornal. "É minha declaração de amor a Paris", resumiu o cineasta sobre o resultado de seu filme.
 

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