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ONU/Conferência

Líderes se reúnem para discutir ajuda a países menos avançados

Começa nesta segunda-feira, em Istambul, na Turquia, a Conferência da ONU para os 48 países menos avançados. O chamado grupo PMA (na sigla, em francês) se reunirá durante toda a semana com países doadores e instituições internacionais. O objetivo da cúpula é discutir um novo plano por dez anos de ajuda aos países mais pobres do planeta, que contam com renda per capita de menos de 745 dólares ao ano.

Abertura da Conferência da ONU de ajuda aos países mais pobres, na Turquia.
Abertura da Conferência da ONU de ajuda aos países mais pobres, na Turquia. Reuters
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Esta 4a Conferência das Nações Unidas para o grupo é presidida pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Na abertura do evento, ele disse que "não se trata de caridade, mas de um investimento".
O grupo dos países menos avançados, formado por 33 países africanos, 14 asiáticos e o Haiti, pede iniciativas para a construção de infraestruturas, tendo como metas a auto-suficiência econômica, a redução da pobreza e a criação de empregos.

Entre os presidentes presentes, estarão Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, e Hamid Karzai, do Afeganistão.

O secretário-geral da ONU quer estabelecer vários “setores-chave” para apoiar os países que têm um rendimento de 745 dólares per capita, representando, segundo ele, 900 milhões de pessoas. Apesar de contar com 12% da população mundial, o grupo dos países menos avançados respondem por apenas 1% da exportações globais e atrem somente 2% dos investimentos diretos estrangeiros.

Ban Ki Moon ressalta a importância de apoiar as pequenas e médias empresas do setor agrícola que empregam cerca de 70% das populações desses países. Ele ressaltou a importância de melhorar a produção e comércio, atrair investimentos diretos e transferência de tecnologia.

“ As pequenas e médias empresas estão diante de uma perspectiva real de uma nova crise alimentar e nutricional”, alertou Ban Ki-moon.

O Banco Mundial, que participa do evento como observador e organiza diversos fóruns, sugere uma lista de sugestões para melhorar a situação das pequenas e médias empresas, segundo a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, diretora geral da instituição.

“É preciso apoiar a produção agrícola a longa prazo” para essas empresas e “desenvolver estoques de alimentos e apoiar estoques para fins humanitários”, afirmou.

Segundo Okonjo-Iweala os países produtores “não deveriam impor restrições às suas exportações” e será preciso também apoiar os países afetados por conflitos nos setores da justiça, emprego e instituições. Ela defende ainda que é preciso auxiliar as pequenas e médias empresas a estabelecer redes de segurança social como programas escolares ou de ajuda a mulheres grávidas e também sustentar o papel das mulheres dentro dessas empresas.
 

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