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Líbia/crise

Bens de Kadafi bloqueados nos EUA irão para povo líbio, diz Clinton

A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda feira,em Roma, que os Estados Unidos vão destinar os recursos do ditador Muammar Kadafi embargados no país para “ajudar o povo líbio”. “O governo de Barack Obama, em acordo com o Congresso, decidiu elaborar uma legislação que permita aos Estados Unidos retirar parte dos fundos de Kadafi e do governo líbio no país para que sejam disponibilizados para o povo líbio”, disse a secretária norte-americana.  

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini. Reuters
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Com colaboração de Gina Marques, correspondente em Roma,

O anúncio foi feito em um pronunciamento feito durante a reunião do Grupo de Contato sobre a Líbia que acontece na capital italiana. O valor dos bens e fundos do ditador Kadafi bloqueados nos Estados Unidos estão estimados em 30 bilhões. Em fevereiro, o governo americano adotou uma série de sanções contra o regime líbio, entre elas, o embargo de bens de Kadafi e de seus familiares bem como de representantes do governo.

Hillary Clinton também assegurou que os Estados Unidos vão contribuir com 53 milhões de dólares para o fundo da ONU e contribuirá com 25 milhões de dólares em material para o Conselho Nacional de Transição da Líbia, órgão político dos rebeldes líbios.

Fundo especial

Definir um roteiro para o cessar-fogo, e concordar uma ajuda financeira ao Conselho Nacional de Transição líbio. Estes são os principais objetivos do Grupo de Contato para a Líbia que se reúne nesta quinta-feira, em Roma. O Grupo integra 22 países, alguns da União Europeia, da Otan, da Organização da Conferência Islâmica e seis observadores da União Africana.

Participam da reunião vários ministros das Relações Exteriores dos países da coalizão, entre os quais o francês Alain Juppé, o britânico William Hague, o italiano Franco Frattini e a americana Hillary Clinton.

A reunião não deve abordar questões militares, mas o cessar fogo é urgente. O ministro das Relações Exteriores da França,  Alain Juppé, disse que o conflito não corre o risco de se eternizar, mas poderá durar mais alguns meses.

Sobre as ajudas financeiras, o Conselho de Transição Líbio pede que lhe seja dado acesso fundos de Kadafi congelados em vários países. O valor exato ainda não foi definido e pode variar de 1,5 à 3 bilhões de dólares. Este financiamento seria usado para ajuda humanitária. A hipótese é que os países concordem com a ajuda financeira, que seria supervisionada pelos Estados Unidos e gerenciado por instituições bancárias italianas.

Síria

Antes da reunião houve um encontro bilateral entre o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, e a secretária de Estado americano, Hilary Clinton. O principal assunto foi a crise na Síria. Na entrevista coletiva, eles disseram que concordam em aplicar sanções contra a Síria, para que termine a violência contra os civis. Segundo, a secretaria norte-americana esta pode ser uma forma de pressão para que o governo do presidente BAchar Al-Assad aplique as reformas que prometeu.

Eles falaram também que estão preocupados com o impacto da crise na Síria no Oriente Médio, além da influência do Irã no conflito da região. Na entrevista Hillary Clinton comentou a morte do líder terrorista Bin Laden, reiterando que o Paquistão é um parceiro importante para combater o terrorismo e que a luta contra Al Qaeda ainda não terminou.

 

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