Comunidade internacional condena violência na Síria
As forças de segurança voltaram a abrir fogo contra a população neste sábado, matando ao menos 13 pessoas que participavam dos funerais dos 82 manifestantes mortos na véspera pelo regime de Bachar Al Assad. Em protesto à repressão sangrenta, dois deputados e um líder religioso da cidade de Deraa anunciaram suas demissões no canal de TV árabe Al Jazeera.
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Os principais representantes da comunidade internacional condenaram a violência das forças de ordem sírias durante os protestos no país. De Washington à Moscou, passando pelas Nações Unidas, os representantes da comunidade internacional reagiram imediatamente à repressão da polícia síria contra os manifestantes durante os confrontos de sexta-feira. O Reino Unido foi um dos primeiros a se exprimir. O chefe da diplomacia britânica, William Hague, pediu que as autoridades do país “respeitem o direito do povo sírio de manifestar pacificamente”.
Mesmo tom do lado francês, onde o ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, condenou a "repressão cega e brutal" e pediu que o governo sírio renuncie ao uso da violência. “Os responsáveis e os autores desses crimes deverão responder por seus atos”, lembrou Juppé.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também condenou a morte das mais de 80 pessoas nesta sexta-feira. "O uso revoltante da violência contra manifestantes deve cessar imediatamente", disse o chefe da Casa Branca. Obama frisou ainda que a abolição do estado de emergência no país, anunciada na quinta-feira pelo presidente Bachar al-Assad, não era séria, e acusou o líder sírio de ter buscado a ajuda do regime iraniano para continuar a repressão. A declaração faz alusão às denúncias, publicadas na imprensa norte-americana, de que Teerã estaria fornecendo material para reprimir os manifestantes. A acusação foi rejeitada pelas autoridades iranianas neste sábado.
As Nações Unidas e o Parlamento Europeu também condenaram a violência na Síria, assim como os representantes da diplomacia grega e italiana. Até mesmo a Rússia, tradicionalmente próxima do governo sírio, contestou a ação das forças de Damasco. Moscou pediu o avanço das reformas na Síria e se disse preocupada com as "pessoas inocentes vítimas do sofrimento" no país.
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