Laurent Gbagbo resiste e Costa do Marfim vive impasse
A imprensa francesa desta quinta-feira destaca a resistência de Laurent Gbagbo em se manter no poder na Costa do Marfim e a ofensiva frustrada das forças de seu rival político para capturá-lo em sua casa em Abidjan, transformada em bunker. O Libération relata as duas tentativas de invasão da residência de Gbagbo pelas forças do presidente eleito Alassane Ouattara.
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Após o fracasso das negociações na noite anterior, um ataque foi deflagrado na manhã de quarta-feira, sem sucesso. Depois de um cessar-fogo durante a tarde, uma nova tentativa frustrada durante a noite. Segundo uma fonte ouvida pelo Libé, ninguém previa esse cenário já que a perspectiva das forças pró-Ouattara era de que o caso Gbagbo fosse resolvido "em algumas horas".
Le Figaro escreve que Gbagbo continua protegido no subsolo de sua fortaleza em Abidjan e resiste em seu domínio cada vez mais reduzido. Ele tenta reverter a seu favor uma situação que não tem mais saída, afirma o jornal. O futuro o local para onde será levado Gbagbo ainda continuam incertos segundo o Le Figaro.
Com uma foto estampada de Alassane Ouattara em sua capa, o católico La Croix faz uma lista das cinco prioridades que o presidente eleito e reconhecido pela comunidade internacional terá pela frente no comando um país em crise há pelo menos 20 anos.
Entre os desafios relacionados pelo jornal estão a unificação de um país dividido em duas regiões, garantias da autoridade do exército, a retomada da economia, levar à justiça os responsáveis por crimes de guerra e vigiar as atividades de seu rival Gbagbo, profundamente vinculado à Costa do Marfim e ainda muito popular para uma grande parte da população.
Taxa de juros
Já o diário econômico Les Echos adianta que o Banco Central Europeu vai anunciar nesta quinta-feira um aumento da taxa de juros de 1% para 1,25%. A decisão já foi antecipada pelos mercados após declarações do presidente do BCE Jean Claude Trichet há um mês.
Segundo Les Echos, o aumento da taxa vai fragilizar ainda mais as economias chamadas "periféricas" da zona do euro, ou seja, Grécia, Irlanda, Espanha e Portugal, que ontem pediu ajuda financeira à União Europeia.
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