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Wikileaks

Justiça britânica examina extradição de Assange em fevereiro

A audiência preliminar que fixou as datas - 7 e 8 de fevereiro - do julgamento do pedido de extradição de Julian Assange feito pela Suécia durou apenas 10 minutos no Tribunal de Londres. Na saída, o fundador do WikiLeaks disse que estava satisfeito com o tratamento dado pelo juiz britânico.

Julian Assange chegando a Corte de Magistrados de Belmarsh, em Londres.
Julian Assange chegando a Corte de Magistrados de Belmarsh, em Londres. Reuters
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Assange conseguiu um abrandamento das condições de prisão domiciliar que ele cumpre desde dezembro, na mansão de um amigo no interior da Inglaterra. Explicando que ele teria de acordar às 3 da manhã para chegar a tempo à audiência, o juiz deixou que ele durma por duas noites no Frontline Club, uma associação de jornalistas que serve de base ao WikiLeaks em Londres. O regime de prisão domiciliar de Assange, estabelecido após o pagamento de uma finaça de 600 mil reais, exige que o australiano use uma pulseira eletrônica e compareça diariamente à delegacia.

Em entrevista hoje à rádio francesa Europe 1, Assange disse que o site Wikileaks não poderá sobreviver muito tempo, pois está atravessando problemas financeiros. Segundo o australiano, desde a publicação dos telegramas secretos, o Wikileaks perde, por semana, cerca de 500 mil euros.

As audiências de 7 e 8 de fevereiro provavelmente não serão conclusivas, a ponto de determinar a extradição de Assange. O australiano está enrolado até o pescoço com a justiça, mas seus advogados dispõem de vários recursos possíveis para adiar a extradição. A defesa de Assange sabe que uma extradição para a Suécia será a porta aberta para uma segunda extradição aos Estados Unidos, o objetivo fixado pelo governo americano.

No pior cenário para Assange, se a justiça britânica acatar o pedido sueco em fevereiro, a apreciação dos recursos da defesa de Assange pode levar vários meses. Assange é acusado na Suécia de crimes sexuais cometidos contra duas mulheres, que apresentaram denúncias de assédio sexual e estupro. Ele nega as acusações e diz ser vítima de um complô, em consequência da divulgação de 250 mil documentos confidenciais da diplomacia americana.
 

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