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Violência/Rio

Jornal compara violência no Rio a Bagdá

Comentando os incidentes violentos entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, o jornal francês Direct Matin compara a "emblemática cidade balneária brasileira" a Bagdá, a capital do Iraque ensanguentada pela guerra. O jornal Libération relata a reação dos traficantes de drogas ao que chama de "início da reconquista das favelas pela polícia".

Tanque da Marinha patrulha as ruas no Rio de Janeiro.
Tanque da Marinha patrulha as ruas no Rio de Janeiro. Reuters
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A ofensiva da polícia contra os narcotraficantes no Rio de Janeiro transformou a cidade num campo de guerra, relata o jornal Direct Matin, distribuído gratuitamente em pontos de grande circulação e estações de metrô. "Moradores entrincheirados em casa, ônibus incendiados, postos de polícia metralhados... Alguns bairros do Rio parecem Bagdá", informa a reportagem, "desde que a polícia carioca decidiu empreender uma ampla ofensiva contra os traficantes de drogas". O jornal descreve cenas de guerrilha urbana, como se viu no Iraque, com blindados nas ruas, helicópteros e pelo menos "30 supostos traficantes mortos em quatro dias". Direct Matin explica o contexto dessa nova onda de violência. "Os traficantes resistem à campanha lançada pelo governador Sérgio Cabral, em 2007, e ao sucesso das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que conseguiram expulsar os traficantes de 13 favelas cariocas." Para Direct Matin, as autoridades brasileiras têm a obrigação de dar um fim à dominação dos traficantes no Rio, uma vez que a cidade vai receber jogos da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

O jornal Libération também dá destaque à violência no Rio. Além do relato sobre a ação dos traficantes, como o uso de armas automáticas e arrastões contra motoristas e incêndio de ônibus, o Libé informa que o governador Sérgio Cabral e analistas estão convencidos de que essa onda de terror é uma represália contra a presença das UPPs nas favelas. A chegada dessa polícia de proximidade, que até então fazia incursões tão violentas quanto ineficazes, pôs fim a guerra de gangues rivais e diminui consideravelmente o comércio local de drogas, afirma o jornal. Citando a percepção dos moradores, Libération escreve que para muitos, o sucesso da "pacificação" do Rio de Janeiro vai depender da tomada do Complexo do Alemão e de outras grandes favelas, onde a política das UPPS ainda não foi testada.

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