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"O grito dos jovens": jornais franceses destacam participação de estudantes na greve

No dia seguinte à sexta jornada de mobilização na França contra a reforma da previdência, os jornais franceses desta quarta-feira fazem um balanço dos números do movimento grevista e dão atenção especial à posição dos jovens.

No sexto dia de mobilização, 379 estabelecimentos escolares fecharam as portas, segundo o Ministério da Educação.
No sexto dia de mobilização, 379 estabelecimentos escolares fecharam as portas, segundo o Ministério da Educação. Reuters
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"Uma França jovem que acorda cedo" é o título do Libération. A reportagem acompanhou secundaristas e universitários na manifestação de Paris desta terça-feira, que reuniu 190 mil jovens, segundo o principal sindicato estudantil. Já às 6h30 da manhã era possível encontrá-los manifestando em frente às escolas. Os entrevistados se dizem preocupados com as incertezas quanto ao mercado de trabalho. A taxa de franceses com menos de 25 anos que buscam um emprego é considerada uma das mais altas da Europa: 25%.

A preocupação dos estudantes, segundo o L'Humanité, vai além do aumento da idade mínima para se aposentar, de 60 para 62 anos. O jornal destaca que as dificuldades de conseguir um emprego e a precariedade das condições de trabalho são os principais pontos de tensão. Nas 16 páginas dedicadas à greve, são apresentados gráficos com estatísticas. Cerca de 30% dos diplomados nas melhores universidades do país não têm um contrato estável de trabalho. Mais de 60% dos empregados de até 30 anos de idade se dizem insatisfeitos com seus salários.

O jornal La Tribune alerta que os patrões de empresas estão cada vez mais preocupados com as consequências econômicas da queda-de-braço entre governo e sindicatos. Enquanto o Les Echos afirma que o movimento grevista contra a reforma da aposentadoria continua forte na França, o Le Figaro analisa que o número de assalariados nas manifestações caiu. "A participação de professores e estudantes tem uma tendência é inversa", analisa o jornal conservador.

Na economia internacional, o diário Les Echos se interessa às medidas do governo brasileiro para aumentar as barreiras à entrada de capital estrangeiro no país e, assim, evitar a especulação, o que deverá ser feito também na Coreia do Sul. O jornal destaca que a decisão do Brasil valoriza o real e penaliza os exportadores.
 

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