Suposta traição de Carla Bruni e Sarkozy é assunto dos principais jornais franceses
A imprensa francesa continua dando destaque ao escândalo provocado pelos boatos sobre a infidelidade do casal Sarkozy. Os jornais desta sexta-feira repercutem as declarações da primeira dama Carla Bruni à radio francesa Europe 1, na última quarta-feira, tentando colocar um ponto final nos rumores.
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O Libération ironiza na sua manchete de primeira página a tentativa de Carla Bruni de colocar um ponto final nos "boatos sem fundamento". A primeira-dama garantiu que o Palácio do Eliseu não realizou nenhuma investigaçao para saber quem inventou o caso, mas foi desmentida logo em seguida pelo chefe da espionagem da Presidência da República, Bernard Squarcini, informa o jornal.
A gestão da presidência nesse caso revela um funcionamento totalmente absurdo, diz Libé. Para L'Humanité, essa cacofonia tem um objetivo claro: "A comunicação do Palácio do Eliseu obteve o resultado que sem dúvida era de desviar a atenção da opinião publica francesa das reformas que ameaçam o país, como a reforma sobre o sistema de aposentadoria, escreve o jornal comunista.”
O popular Le Parisien decidiu fazer uma pesquisa para saber o que os franceses pensam desses boatos sobre a infidelidade do casal presidencial. Resultado, 82% dos entrevistados garantem que não se interessam nem um pouco pela vida privada dos dirigentes políticos. Le Parisien informa também que, para o presidente da República, Nicolas Sarkozy, o caso está encerrado.
Também em destaque nas páginas dos jornais desta sexta-feira, está a reação dos moradores das regiões consideradas de risco de inundações no oeste da França e onde todas as casas serão destruídas. O governo revelou oficialmente na quinta-feira aos moradores, vítimas da tempestade Xynthia há cinco semanas, os detalhes do plano que prevê a destruição de cerca de 1500 casas e as indenizações previstas.
Os moradores consideram a decisão arbitrária. Muitos decidiram resitir, informa o Le Parisien. Mas alguns, que perderam tudo na tempestade e ainda estão chocados, ficaram aliviados com a decisão governamental, escreve o La Croix.
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