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Imposto/Digital

Apesar das ameaças de Trump, França deve taxar gigantes digitais

Mesmo sob o fogo das críticas de Donald Trump, que ameaçou a França com represálias alfandegárias sobre o vinho, o governo francês quer chegar, até o final de agosto, a um acordo com Washington sobre a tributação dos lucros das gigantes digitais.

O Parlamento francês aprovou definitivamente uma lei para taxar os chamados GAFA ( Google, Apple, Facebook, Amazon), em 11 de julho de 2019.
O Parlamento francês aprovou definitivamente uma lei para taxar os chamados GAFA ( Google, Apple, Facebook, Amazon), em 11 de julho de 2019. Reuters
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"Queremos trabalhar em estreita colaboração com os nossos amigos norte-americanos para uma tributação universal das atividades digitais", disse neste sábado (27) o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, acrescentando que quer chegar a tal acordo no encontro de chefes de Estado do G7 em Biarritz no final de agosto.

Ele reagiu aos ataques de Donald Trump, que havia denunciado a "estupidez" de Emmanuel Macron no dia anterior sobre o imposto digital votado no início de julho pelo Parlamento da França e ameaçou retaliar o vinho francês, que em sua opinião desfruta de condições alfandegárias mais favoráveis nos Estados Unidos que o vinho norte-americano na Europa.

"Não achamos que é boa política misturar esses dois temas", que "não têm nada a ver", rebateu o ministro da Economia francês, convidando a deixar de lado "a questão das tarifas alfandegárias", que são "totalmente diferentes".

"O que eu vejo é que essas tarifas não impediram durante os últimos 20 anos um aumento muito forte no consumo de vinho norte-americano na Europa e na França, já que o volume aumentou em mais de 30% nos últimos dez anos. anos ", lembrou o o ministro.

GAFA

Chamada de taxa GAFA (formada pelas primeiras letras das 4 grandes da internet, Google Amazon Facebook e Apple), o imposto defendido por Le Maire será aplicado a qualquer empresa com receitas totais superiores a 750 milhões de euros e com vendas no país acima dos 25 milhões, explicou o ministro da Finanças francês.

Empresas chinesas, americanas e também europeias serão os principais alvos desta medida fiscal, que segundo Le Maire terá como objetivo garantir uma "justiça fiscal".

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