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França / Emmanuel Macron / Ano Novo

Macron diz entender “raiva” no país, mas avisa que levará reformas até o fim

O presidente da França disse nesta segunda-feira (31) em seu discurso de fim de ano, que entende a "raiva" dos "coletes amarelos", interpretando-a como um “grito de não conformismo”. No entanto, Emmanuel Macron afirmou que não vai desistir de implementar as reformas que anunciou durante sua campanha presidencial.

O presidente francês, Emmanuel Macron, durante discurso de fim de ano no Palácio do Eliseu, em Paris, 31/12/2018
O presidente francês, Emmanuel Macron, durante discurso de fim de ano no Palácio do Eliseu, em Paris, 31/12/2018 Michel Euler/Pool via REUTERS
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Macron disse que "os resultados" dessas reformas serão obtidos no fim de seu mandato de cinco anos, e que a “falta de paciência” – que ele diz compartilhar com os cidadãos - não justifica os pedidos de demissão que tem ouvido de alguns manifestantes.

Sem mencionar especificamente os “coletes amarelos”, o presidente francês disse que "as lágrimas e a raiva vêm de longe: uma raiva contra a injustiça, contra a globalização, muitas vezes incompreensível, contra um sistema muito complexo e insensível, raiva também contra as profundas mudanças que colocam em dúvida nossa sociedade e identidade“.

“Essa raiva me mostrou algo: que nós não somos um povo conformista e que nosso país quer construir um futuro melhor, baseado em nossa capacidade de inovar, e de criar novas formas para trabalharmos juntos. Essa é a lição que levo de 2018”, afirmou Macron.

Europa

Após um discurso que chamou de “verdadeiro” e “digno”, o presidente francês apresentou um “discurso de esperança para nós mesmos, como povo, e esperança em nossa Europa”. “O que nós queremos profundamente, é reencontrar o controle de nosso cotidiano e de nosso destino, para não sofrer mais”, explicou.

"Recuperar o controle de nossa vida é escolher a comida que colocamos em nossos pratos, é garantir a justiça tributária, é nos proteger de nossos inimigos, é investir para inovar, é dar uma resposta comum às migrações; Acredito muito profundamente nesta Europa que pode proteger melhor as pessoas e nos dar esperança", afirmou.

“Isto também deve orientar o renovado projeto europeu, que irei propor nas próximas semanas", finalizou, referindo-se às eleições europeias de maio de 2019.

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