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César/cinema

"120 Batimentos Por Minuto" leva prêmio máximo do cinema francês

"120 Batimentos por Minuto", de Robin Campillo, foi o grande vencedor da noite de entregas do César. O filme fala sobre o combate heróico de militantes da organização Act Up, durante os primeiros anos destruidores da Aids.

Vanessa Paradis, na entrega dos prêmio César do cinema francês.
Vanessa Paradis, na entrega dos prêmio César do cinema francês. REUTERS/Benoit Tessier
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A longa cerimônia, nesta sexta-feira (2), começou com ares de Oscar, com uma entrada musical, comandada pelo ator Manu Payet, que fez as vezes de mestre de cerimônias.

Jeanne Moreau, que morreu no ano passado, aos 89 anos, foi homenageada com um ‘best of’ de seus filmes, finalizado com a antológica canção “Le Tourbillon”, que a atriz cantou com Vanessa Paradis em Cannes, em 1995.

Em seguida, Paradis, que começou a carreira ainda criança, surgiu no palco. “Esta noite eu estou usando esta fita branca, como tantos outros aqui, em apoio à luta contra a violência às mulheres, e claro, contra a violência a cada pessoa”. Em seguida, ela abriu oficialmente a 43ª edição do César.

Talento argentino

O primeiro prêmio, de melhor talento promissor, foi, sem surpresas, para o argentino Nahuel Perez Biscayart, que viveu um militante da luta contra a Aids no filme “120 Batimentos Por Minuto”. O ator de 31 anos dedicou o prêmio à ONG Act Up e “a todos e todas que estão em combate e que não recebem prêmios e não são reconhecidos por suas lutas”. E já sob que avisa ao ganhador que seu tempo acabou, ele lembrou a luta na Argentina pela legalização do aborto.

A francesa Marion Cotillard (Oscar de melhor atriz por Piaf), em versão loira, introduziu o prêmio especial para a espanhola Penélope Cruz, pelo conjunto de sua carreira. A estatueta, criada pelo artista César, foi entregue por Pedro Almodóvar. O diretor espanhol comparou a força e talento de Penélope a de atrizes como Sofia Loren e Anna Magnani.

Crueldade russa

O prêmio de melhor filme estrangeiro foi para o russo "Sem Amor", de Andrey Zvyagintsev, um cruel relato de um divórcio visto por um menino, completamente negligenciado em meio à batalha do casal. Zvyagintsev é especialista em filmes dramáticos, de frustrações intensas, como "Leviatã", ou "O Retorno". "Sem Amor" ganhou prêmio do júri no último festival de Cannes e concorre ao Oscar no domingo.

A estatueta de melhor ator foi para o novato Swann Arlaud, que viveu um pequeno fazendeiro que luta para sobreviver em “Petit Paysan”, que também ficou o prêmio de melhor filme de estreia para Hubert Charuel.

Albert Dupontel foi escolhido como melhor diretor por "Au Revoir là Haut", uma fábula sobre dois sobreviventes da Primeira Guerra Mundial. Um dos papeis principais foi também do argentino Nahuel Perez Biscayart.

Jeanne Balibar, em impressionante transfiguração, foi recompensada por seu desempenho em "Barbara", sobre a vida de um dos grandes ícones da chanson francesa. A longilínea atriz foi dirigida pelo ex-companheiro, Matthieu Amalric.

Vanessa Paradis voltou ao palco para anunciar o aguardado vencedor da noite: "120 Batimentos por Minuto".

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