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França

Presidencial na França : Macron pode derrotar Le Pen no segundo turno, diz pesquisa

Uma nova pesquisa de opinião divulgada neste domingo (26) aponta que o ex-ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, tem grandes chances de se tornar o próximo presidente da França. Ele aparece em segundo lugar no primeiro turno e, no segundo turno, poderia derrotar a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, que liderava as previsões até agora.

Aos 39 anos, Emmanuel Macron desponta na corrida presidencial francesa.
Aos 39 anos, Emmanuel Macron desponta na corrida presidencial francesa. REUTERS/Christian Hartmann
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A pesquisa realizada por Odoxa-Dentsu Consulting para o canal de televisão France 2 aponta que se o primeiro turno da eleição fosse hoje, a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, ficaria na frente, com 27% dos votos, seguida de Emmanuel Macron, com 25%, e do ex-primeiro-ministro François Fillon, do partido Os Republicanos, com 19%.

Levando em conta esse resultado, os institutos de pesquisa apontam que, em caso de embate final entre Le Pen e Macron, a população se mobilizaria para impedir a chegada da candidata extremista ao poder. O ex-ministro da Economia de François Hollande venceria o segundo turno com 61% dos votos, contra 39% para a líder do partido Frente Nacional.

Aos 39 anos, Macron aparece como uma das surpresas dessa eleição presidencial. Outsider, sem partido e sem ter divulgado um programa de governo detalhado, ele vem conquistando cada vez mais eleitores, a menos de dois meses do pleito. Apesar de ter sido membro do governo socialista de Hollande – que ele deixou em agosto de 2016 para fundou o movimento En Marche! (Em Movimento!) – o candidato tenta agradar a todos, se reivindicando “nem de direita nem de esquerda”.

Macron defende barriga de aluguel, tema polêmico na França

Em uma entrevista que será publicada na revista Têtu, Macron tenta desta vez seduzir o público gay. Ao contrário da maioria da classe política francesa, o candidato se mostrou aberto ao reconhecimento dos filhos de casais gays nascidos graças ao uso de barriga de aluguel.

“Eu não sou favorável à autorização da GPA (sigla usada para a barriga de aluguel) na França”, diz Macron, alegando que a questão se insere em um debate filosófico sobre a capacidade de “dispor do corpo e usá-lo como uma mercadoria”. Porém, o candidato defende que “é preciso permitir o reconhecimento das crianças nascidas por meio de barriga de aluguel no exterior”.

A declaração dada à revista Têtu, que volta às bancas esta semana após um ano e meio fora de circulação, responde à uma polêmica levantada desde a adoção da lei que autoriza do casamento gay na França, quando a questão da barriga de aluguel foi excluída do texto. Desde então, muitos casais que recorreram ao sistema, com a gestação de seus filhos por uma terceira pessoa no exterior, onde a prática é autorizada, não puderam ter os bebês reconhecidos pela justiça francesa. “Não podemos deixar essas crianças sem existência jurídica. É preciso parar com essa hipocrisia”, disse Macron, prometendo defender o projeto de adaptação da lei atualmente em vigor. Na entrevista, o candidato também se mostrou favorável ao acesso da inseminação artificial (PMA na sigla em francês) aos casais de mulheres.

A barriga de aluguel é proibida na França e sua prática pode resultar em penas de até dois anos de prisão e € 30 mil de multa.

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