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França/Segurança

Ministros europeus decidem coordenar segurança nos trens internacionais

Ministros europeus reunidos neste sábado (29) em Paris defenderam a adoção de medidas concretas nos trajetos de trens internacionais. O objetivo é reforçar a segurança após o ataque frustrado de 21 de agosto num trem que fazia o trajeto Amsterdã-Paris.

O ministro francês do Interior Bernard Cazeneuve (centro) reuniu oito ministros europeus em Paris para discutir melhorias na segurança dos trens internacionais.
O ministro francês do Interior Bernard Cazeneuve (centro) reuniu oito ministros europeus em Paris para discutir melhorias na segurança dos trens internacionais. AFP PHOTO / ALAIN JOCARD
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Os ministros do Interior e dos Transportes de nove países europeus interligados por linhas férreas, os responsáveis por esses trajetos e o coordenador europeu da luta antiterrorista defenderam mais patrulhas nas estações, revistas de passageiros e bagagens, além de tíquetes marcados com os nomes dos passageiros. Os ministros também decidiram pedir à Comissão Europeia que torne mais rígidas as leis sobre armas de fogo no bloco. Uma declaração conjunta dos participantes da reunião foi lida pelo ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.

"É indispensável que façamos revistas simultâneas em certas rotas", afirmou Cazeneuve, destacando que os países estão trabalhando para melhorar o compartilhamento de informações sobre suspeitos jihadistas.

O ministro esclareceu que já existem patrulhas multinacionais nas principais estações de trem, mas que os ministros concordaram em aumentar sua "eficiência e torna-los mais úteis".

Atirador indiciado

Os ministros da Bélgica, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Suíça se encontraram após o atentado frustrado ao trem da companhia francesa SNCF. O marroquino Ayoub El-Khazzani, autor do ataque no trem-bala, foi acusado de tentativa de assassinatos, conspiração e porte de armas, tudo isso relacionado a uma "empresa terrorista".

O acusado, que o serviço secreto da Espanha − país em que residiu por vários anos − classifica como islâmico radical, foi dominado por passageiros do trem quando se preparava para cometer um massacre. Ele saiu do banheiro armado com um fuzil AKM, 270 munições, uma pistola Luger, um estilete e uma garrafa com 500 ml de gasolina.

Os cinco passageiros que enfrentaram El-Khazzani para desarmá-lo, incluindo dois soldados e um estudante americanos, foram condecorados com a mais prestigiosa medalha da República francesa pelo ato de coragem e bravura.

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