Polícia Judiciária de Paris é abalada por uma série de escândalos
A Polícia Judiciária de Paris encerra essa semana mergulhada em mais um escândalo. Na quarta-feira (4), o chefe da corporação, Bernard Petit, foi detido sob a acusação de ter violado o segredo de justiça de uma investigação.
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Além de Bernard Petit, seu chefe de gabinete, Richar Atlan, e outros dois policiais foram presos suspeitos de terem vazado informações sobre a investigação do caso Christophe Rocancourt, conhecido como "o bandido das estrelas”. Segundo a imprensa francesa, Justiça suspeita que "a revelação das informações tenha tido o objetivo de prejudicar as investigações”.
Rocancourt é suspeito de estar envolvido no furto de 52 quilos de cocaína que estavam estocados na sede da Polícia Judiciária de Paris, no conhecido endereço Quai d’Orfèvres, 36. A droga, fruto de uma apreensão, desapareceu misteriosamente da sede da corporação em julho do ano passado.
"Bernard Petit é um grande policial, mas quando se exerce essa missão, não pode haver a menor dúvida”, disse o primeiro-ministro, Manuel Valls, sobre a detenção do policial. O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, declarou à imprensa que se, no final dos interrogatórios, ficarem provadas faltas graves na ação dos agentes, o governo será firme na condenação dos delitos.
Estupro coletivo na sede da polícia
Em abril do ano passado, uma turista canadense prestou queixa contra quatro policiais da corporação. Dois do grupo foram indiciados. Segundo a turista, o grupo teria se encontrado em um bar na capital francesa. Na madrugada, ela aceitou o convite para visitar o prédio da sede da Polícia Judiciária de Paris. No depoimento, ela disse que foi forçada a praticar atos sexuais com um capitão e, em seguida, foi estuprada pelos quatro homens.
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