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França/Terrorismo

Assembleia francesa aprova continuação das operações militares no Iraque

A Assembleia Nacional, câmara baixa do Parlamento francês, aprovou nesta terça-feira, por ampla maioria, a manutenção das operações militares no Iraque no combate ao grupo radical Estado Islâmico, uma semana após os atentados terroristas em Paris. No total, 488 deputados votaram a favor, um contra, e 13 se abstiveram, principalmente membros da Frente de Esquerda.

A Assembleia Nacional francesa aprovou a continuação da operação militar no Iraque
A Assembleia Nacional francesa aprovou a continuação da operação militar no Iraque REUTERS/Charles Platiau
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Pouco antes, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, havia pedido aos legisladores a prorrogação da intervenção militar francesa "porque nossa missão não terminou" e "o que temos pela frente é, de fato, uma guerra contra o terrorismo".

Em um acalorado discurso, que foi muito aplaudido e elogiado, Valls afirmou não ser partidário de adotar medidas que ponham em risco o Estado de direito, em um momento em que começaram a se erguer vozes contrárias a uma eventual versão francesa do "Ato Patriota". Esse foi um conjunto de leis adotado pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001, com o objetivo de aumentar a segurança em solo norte-americano, porém criticado por afetar os direitos civis.

"A uma situação excepcional devem corresponder medidas excepcionais. Mas, digo com a mesma força, nunca medidas de exceção, que anulariam o princípio do direito e dos valores", disse Valls, em discurso na Assembleia Nacional, durante homenagem às vítimas dos atentados da semana passada em Paris.

"A melhor resposta ao terrorismo, que quer exatamente destruir o que somos, ou seja, uma grande democracia, é o direito, é a democracia, é a liberdade, é o povo francês", insistiu.

Valls esclareceu, por outro lado, que a França está "em guerra contra o terrorismo, o jihadismo e o islamismo radical", não contra uma religião.

"A França não está em guerra contra o Islã e os muçulmanos", afirmou diante de deputados, após os atentados que deixaram 17 mortos entre a quarta e a sexta-feira da semana passada, os mais mortais no país em mais de meio século.

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