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França/Eleições

Hollande demorou para convencer, mas conquistou o Eliseu

Aos 57 anos de idade, François Hollande conquista a presidência da França. O novo chefe de Estado, que nunca foi ministro, demorou para convencer os colegas socialistas de sua credibilidade, mas era visto como vencedor desde o primeiro turno.

François Hollande, novo presidente francês.
François Hollande, novo presidente francês. AFP/Kenzo Tribouillard
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Filho de um médico partidário da extrema-direita e de uma assistente social de esquerda, François Hollande construiu sua carreira política na Corrèze, uma região rural da França, onde foi prefeito e representante regional. Apesar de ter sido apontado como vencedor das eleições desde o início da campanha, o novo presidente fugia dos padrões dos candidatos convencionais. Mesmo se dirigiu o Partido Socialista durante 11 anos, ele nunca foi ministro e se apresentava para as presidenciais pela primeira vez.

Criticado por seus opositores, ele foi alvo de comentários maldosos sobre seu jeito interiorano, sua personalidade inexpressiva e até mesmo sobre seu peso. “Eu sou o que vocês estão vendo. Não tenho artifícios e não preciso me travestir. Eu sou assim, simples, direto e livre”, disse o candidato durante sua campanha, mesmo se ele perdeu mais de 10 kg no último ano.

Pai de quatro filhos com Ségolène Royal, com quem viveu durante mais de 25 anos, Hollande passou a ter projeção política nacional em 1997, ao se tornar o primeiro secretário do Partido Socialista no lugar de Lionel Jospin, que foi nomeado primeiro-ministro. A partir daí ele virou um dos símbolos do PS, mesmo se outras personalidades do partido eram mais marcantes.

Mesmo sem ter o carisma de sua ex-mulher, derrotada por Nicolas Sarkozy nas presidenciais de 2007, o candidato se lançou na disputa pelo Palácio do Eliseu. Mas a campanha só deslanchou no mês de maio de 2011, impulsionada por um fato ocorrido nos Estados Unidos: a prisão de Dominique Strauss-Kahn, ex-chefe do Fundo Monetário Internacional e apontado até então como o mais preparado para representar os socialistas na corrida presidencial.

Com o concorrente do PS fora do páreo, Hollande passou a ser visto com outros olhos. “Ele mudou. É como se ele tivesse entrado na pele do presidente com o tempo” relata sua mulher, Valérie Trierweiler.

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