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França/ eleições

Especulações sobre formação do governo de Hollande aumentam

Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais na França, as especulações sobre o futuro governo do socialista François Hollande ou do conservador Nicolas Sarkozy estão a pleno vapor no país. Favorito a vencer o pleito, Hollande aguarda os resultados oficiais para avaliar se escolhe um governo mais próximo à esquerda ou ao centro.

Jean-Marc Ayrault.
Jean-Marc Ayrault. RFI
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Por enquanto, o líder dos socialistas na Assembléia Nacional, Jean-Marc Ayrault, é o nome mais provável a ser designado como futuro primeiro-ministro de Hollande, caso as pesquisas de intenções de voto se confirmem e a esquerda volte à presidência. Amigo de longa data do candidato, Ayroult é deputado por Nantes e passou a ser visto como favorito a comandar o governo depois que Holande afirmou que o premiê será “alguém que conhece bem os deputados, o partido e também que me conheça bem”. O deputado responde a todos os requisitos, ao contrário de Martine Aubry, secretária-geral do PS, com quem Hollande tem divergências marcantes.

Aubry integra a linha mais à esquerda do partido e seria a opção mais lógica se, nas urnas, a vitória de Hollande acontecer por uma larga vantagem face a Sarkozy. Mas se o resultado for apertado, o socialista deve optar por um chefe de Governo mais próximo ao centro, embora Aubry seja mais experiente e conhecida pelos franceses do que Ayrault.

O socialista não alimenta as expectativas e afirma que “a sua escolha não está feita”. Se eleito, ele pretende assumir o cargo no dia 15 de maio, e promete só divulgar nome do futuro premiê neste momento. “Não estou pensando no que vou fazer na segunda-feira, mas sim no que os franceses vão fazer no domingo”, disse, à rede de televisão BFMTV.

Para o restante do governo, nomes prováveis para ocupar a pasta das Relações Exteriores são o ex-primeiro-ministro Laurent Fabius, o ex-ministro das Relações Europeias Pierre Moscovici e o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, além da própria Aubry. Socialistas próximos a Hollande, como seu conselheiro Michel Sapin e seu diretor de Comunicação de campanha, Manuel Valls, também devem integrar um eventual governo.

Hollande terá pressa em formar o gabinete: logo nos dias 18 e 19 de maio, o futuro presidente terá a cúpula do G8 em Camp Davis (EUA) e, logo em seguida, em 20 e 21, a da Otan, em Chicago (EUA). Na ocasião, se o socialista for eleito, deverá anunciar oficialmente aos parceiros a decisão de retirar as tropas francesas do Afeganistão até o final deste ano, e não 2013, como previa Sarkozy.

Fillon sairá do governo se Sarkozy for reeleito

Já o campo de Sarkozy - que conforme todas as pesquisas de intenções de voto não deve conseguir se reeleger -, nos bastidores os atuais ministros já se prepararam para uma fase de reformulações no UMP, o principal partido da direita francesa, caso as urnas confirmem a derrota projetada. Ainda assim, se houver uma surpresa na votação, uma coisa é certa: o atual primeiro-ministro, François Fillon, deve deixar o cargo, após cinco anos de comando do governo conservador. Fillon inclusive será candidato nas eleições legislativas, em junho, em vistas a concorrer pela prefeitura de Paris, em 2014.

O atual ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, ocuparia provavelmente a vaga de Fillon, em caso de reeleição de Sarkozy. Outra opção seria o centrista Jean-Louis Borloo, ex-ministro da direita de 2002 a 2010.
 

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