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França

Strauss-Kahn passa a noite sendo interrogado na delegacia

Detido para interrogatório em Lille (norte da França) desde a manhã de terça-feira, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, teve sua detenção prolongada por mais 24 horas. Ele está sendo investigado pela polícia em um inquérito que apura sua "cumplicidade com a prostituição" e "ocultamento de abuso de bens sociais", como informou a promotoria local.  

Strauss-Kahn chegou na manhã desta terça-feira para o interrogatório na cidade de Lille, norte da França.
Strauss-Kahn chegou na manhã desta terça-feira para o interrogatório na cidade de Lille, norte da França. REUTERS/Benoit Tessier
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Desde outubro do ano passado, a imprensa francesa vem relatando a participação de Strauss-Khan e eventual favorecimento em orgias organizadas no Hotel Carlton de Lille, em Paris e em Washington. As festinhas eram financiadas por dois de seus conhecidos, os empresários Fabrice Paszkowski e David Roquet. Strauss-Kahn alega não saber que as mulheres presentes eram prostitutas e seu advogado denuncia um "linchamento midiático".

É nesse contexto, chamado na França de "Caso Carlton", que ele está sendo investigado. Segundo a lei do país, Strauss-Khan pode ficar detido por até 96 horas. Após ser ouvido, ele pode ser liberado sem nenhuma acusação ou ser indiciado.

Se ficar provado que as empresas pagaram pelos serviços e viagens de prostitutas para o ex-ministro socialista, ele estará sujeito a cinco anos de prisão e 375 mil euros de multa por favorecimento, e sete anos de prisão e 150 mil euros por cumplicidade na rede de prostituição.

Na França, sair com garotas de programa não é um crime, mas fornecer esse tipo de serviço a terceiros é ilegal. Oito pessoas, incluindo altos funcionários do hotel de luxo, estão sendo investigadas no caso.

Sexo e carreira política

Em maio de 2011, o ex-diretor do FMI foi acusado de tentativa de estupro pela camareira, Nafissatou Diallo, do Hotel Softel de Nova York. Embora negue os fatos e a justiça americana tenha retirado a acusação, ele ainda enfrenta um processo civil nos Estados Unidos.

O envolvimento com escândalos sexuais levou Strauss-Kahn, bem cotado para enfrentar o atual presidente francês, Nicolas Sarkozy, na corrida presidencial de 2012, a abandonar a vida política.

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