Favorito para as presidenciais francesas recebe ameaça de morte

Líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais francesas, François Hollande recebeu uma carta contendo uma bala de revólver. No início do mês, o rival do presidente Nicolas Sarkozy reforçou sua segurança, depois de ter sido atacado por uma mulher desequilibrada que jogou farinha no candidato. O socialista disse que não vai se deixar intimidar.

François Hollande, candidato do Partido Socialista às eleições presidenciais francesas, foi vítima de uma ameaça de morte. REUTERS/Fred Dufour/Pool

A agressividade tomou conta da campanha para as eleições presidenciais francesas. Além dos ataques verbais cada vez mais violentos entre os candidatos, o socialista François Hollande recebeu uma carta contendo uma bala de revólver. O ministério francês do Interior abriu uma investigação sobre as ameaças de morte que vem recebendo o candidato.

A troca de acusações nesse fim de semana entre Nicolas Sarkozy e o socialista François Hollande também deu o tom do que vai ser a campanha até o primeiro turno em 22 de abril. Em seu primeiro grande comício neste domingo em Marselha, diante de 10 mil simpatizantes e de sua esposa Carla Bruni, Sarkozy se referiu à "fraqueza", às "mentiras" e a "falta de coragem" de seu rival, repetindo inúmeras vezes as palavras "Povo" e "França", emprestadas da extrema-direita, que inspira sua campanha pela reeleição.

Por sua vez, François Hollande critica a violência do presidente-candidato digna, segundo ele, "de uma escolinha primária". Questionado sobre a uma ameaça de morte por uma carta anônima, Hollande mostrou determinação dizendo que não se deixará intimidar.

A última sondagem publicada nessa segunda-feira pelo jornal Le Figaro indica que a briga se concentra entre os dois principais candidatos: Hollande continua liderando com 29% das intenções de votos para o primeiro turno e Sarkozy ganhou um 1,5 ponto desde que oficializou sua candidatura, com 27%. Segundo a mesma pesquisa, o candidato socialista venceria no segundo turno com 56% contra 44% para Sarkozy.