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França/economia

Governo francês vai anunciar novas medidas de austeridade

O alto escalão do governo francês se reuniu neste final de semana em Paris para discutir novas medidas de austeridade, a serem anunciadas na segunda-feira. O primeiro-ministro francês, François Fillon, disse que as propostas serão das mais rigorosas já vistas na França desde o pós-guerra. Ele acrescentou que sacrifícios serão necessários para reequilibrar as contas públicas.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy. REUTERS/TF1 Television/Hand Out
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Especulações apontam para várias medidas, tais como um aumento no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), um equivalente do ICMS, sobre alimentação em restaurantes. Outra providência seria a instituição de um segundo feriado, baseado em um modelo implantado após o intenso verão de 2003, que levou à morte de milhares de idosos. Trata-se de um dia de trabalho não remunerado – os rendimentos são revertidos para financiar idosos e inválidos. Em 2010, a chamada Jornada de Solidariedade arrecadou 2,4 bilhões. Mas a ideia foi descartada agora à noite pelo ministro das Finanças, François Baroin.

Terminado o G20, que aconteceu em Cannes, na Riviera Francesa, a França quer adotar medidas drásticas e urgentes para manter a nota AAA das agências de notação. Uma delas, a Moody’s, vai anunciar em janeiro se a França permanece com estatuto estável ou é rebaixada.

O primeiro plano de austeridade foi anunciado em agosto, com o objetivo de aliviar o déficit público francês em 12 bilhões de euros. Uma das medidas foi aumentar o imposto sobre os altos rendimentos. Mas diante da revisão em baixa da previsão de crescimento para 2012, que foi de 1,75% para 1%, o governo deverá enxugar mais 6 bilhões a 8 bilhões de euros para conter o déficit público em 4,5% do PIB em 2012, segundo o compromisso assumido com os parceiros europeus.

Além do presidente Nicolas Sarkozy e do primeiro-ministro François Fillon, também estavam presentes na reunião para discutir as novas medidas os ministros François Baroin (Economia), Valérie Pécresse (Orçamento), Xavier Bertrand (Trabalho) e Roselyne Bachelot (Solidariedade).
 

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