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Brasil/gastronomia

Chefs brasileiros participam da Copa do Mundo de Pâtisserie

O Brasil está participando neste domingo, pela segunda vez, da Copa do Mundo de Pâtisserie, que acontece em Lyon, na França. O encontro reúne, a cada dois anos, os melhores confeiteiros do mundo e conta com a participação de representantes de cerca de 20 países. Três profissionais devem, em dez horas, compor uma mesa de sobremesas com três esculturas em gelo, açúcar e chocolate, que devem ter, no máximo, 1,25 m.

A equipe brasileira na Copa do Mundo de Pâtisserie em 2009.
A equipe brasileira na Copa do Mundo de Pâtisserie em 2009. Foto: Divulgação
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A equipe brasileira é formada por Rafael Barros, dono da confeitaria Opera Ganache em São Paulo, Renata Arassiro, da Esses Chocolates, e Ramiro Bertassin, que trabalha em uma grande rede de hotéis. Além do Brasil, também se classificaram México, Argentina, Colômbia e Uruguai. O tema da mesa de sobremesas dos brasileiros é o retorno do cacau brasileiro para o mercado europeu. “O Brasil agora está exportando o cacau Macaé, produzido na cidade de Macaé, no estado do Rio, para a Valrhona”, conta Ramiro. Valrhona é a lendária grife chocolatière francesa, que produz os melhores chocolates do mundo.

Rafael explica que o cardápio das sobremesas não será tipicamente brasileiro para dar à equipe mais chances de obter uma boa colocação na Copa. “O sorvete é de manga, maracujá e coco, mas numa competição dessa, como a referência é muito grande, com pessoas do mundo inteiro, se a gente traz sabores muito exóticos, muito nossos, infelizmente temos problemas. Eles não conhecem os sabores. Então temos que utilizar sabores mais universais”, explica Rafael. 

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Rafael Barros, pâtissier

“Na primeira competição viemos bem Brasil. Fizemos quindim, bolo de rolo, manjar de coco com baba de moça, e ficamos em último lugar. Tivemos a nota mais baixa, porque as pessoas não sabem o que é isso. Trouxemos sorvete de Cajá, para explicar o que era, foi um martírio. Adoraríamos trazer sabores brasileiros, mas aí prejudica na nota.” Rafael diz que vai aproveitar para promover as frutas brasileiras na Copa e nas Olímpiadas,. “Aí quem sabe, depois de toda essa experiência que o Brasil vai passar, a gente consegue trazer para cá produtos mais brasileiros.”

A chef chocolatière Renata Arassiro também adaptará sua escultura ao gosto europeu. “Vamos usar um chocolate mais amargo, com maior teor de cacau.” Mas em sua loja, no Brasil, ela diz que a versão ao leite ainda é a mais apreciada. “Tenho teores de cacau que vão até 80%. Quanto mais as pessoas vão conhecendo o chocolate, vão saber que quanto menos doce ele for e maior o teor de cacau, o chocolate será melhor. Mas o que vende mais mesmo no Brasil é uma versão um pouco mais doce” diz.

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Renata Arassiro, chef chocolatier

 

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