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França/Afeganistão

Jornalistas franceses completam um ano de cativeiro no Afeganistão

Hervé Ghesquière e Stéphane Taponier foram sequestrados por rebeldes talibãs quando faziam uma reportagem para a televisão pública francesa.Vigílias em solidariedade aos reféns são realizadas nas principais cidades francesas. Familiares tiveram acesso ontem a um segundo vídeo com prova de vida dos jornalistas.

Em maio, jornalistas fizeram uma manifestação em Paris em solidariedade a Taponier e Ghesquière (nas fotos).
Em maio, jornalistas fizeram uma manifestação em Paris em solidariedade a Taponier e Ghesquière (nas fotos). REUTERS/Philippe Wojazer
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O cativeiro dos jornalistas Stéphane Taponier e Hervé Ghesquière no Afeganistão completa um ano nesta quarta-feira. Para marcar a data, atos de vigília estão programados nas prefeituras de várias cidades da França, como Paris, Montpellier, Marselha e Estrasburgo, onde fotografias dos reféns foram colocadas na fachada de edifícios e em locais de grande circulação. Em Paris, os rostos de Taponier e Ghesquière podem ser vistos no Arco do Triunfo. Nos jogos do Campeonato Nacional de Rugby, torcedores e atletas fazem um minuto de silêncio para lembrar a dramática situação dos dois jornalistas.

Em dezembro passado, Taponier e Ghesquière preparavam um documentário para a televisão francesa, a 60 km de Cabul, quando foram capturados junto com três guias afegãos por integrantes do movimento fundamentalista islâmico talibã. Para o resgate dos jornalistas, os rebeldes exigem a libertação de prisioneiros do grupo extremista que estão nas mãos dos americanos em troca dos reféns franceses. Caso Paris não negocie com Washington, o grupo ameaça matar Taponier e Ghesquière.

Apesar de se mostrar confiante, as ações do governo francês não tiveram até agora nenhum efeito concreto. O governo chegou a declarar que havia uma esperança de libertação dos reféns antes do Natal, mas rapidamente a declaração foi atenuada pelo presidente Nicolas Sarkozy.

Ao longo desses 12 meses, apenas dois vídeos dos sequestrados foram divulgados. Uma primeira fita foi exibida em abril e a segunda foi mostrada às famílias nessa última terça-feira, no Ministério das Relações Exteriores francês. As famílias dos jornalistas estão decepcionadas com a lentidão nas negociações e com os anúncios contraditórios do governo. Os pais de Taponier e Ghesquière, que até então se mantiveram afastados da mídia, revelaram as contradições do discurso oficial e a ausência de avanços concretos nas negociações para obter a libertação dos reféns.

Com a colaboração de Solange Kurpiel

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