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Greve/França

Senado aprova polêmica reforma da aposentadoria

O Senado francês acaba de aprovar o projeto de Nicolas Sarkozy para mudar a lei da previdência com 177 votos a favor e 153 contra. A reforma da previdência é o motivo da onda de greves e manifestações que atingem a França há semanas.

Senado francês vota reforma da aposentadoria.
Senado francês vota reforma da aposentadoria. Reuters
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Após o voto no Senado, o projeto será apreciado por uma comissão mista, formada por deputados e senadores, antes de ser novamente submetido a um voto solene nas duas câmaras do parlamento francês.

O primeiro ministro francês François Fillon anunciou nesta sexta-feira que o abastecimento de combustível não poderá ser imediatamente normalizado, devido à paralisação nas refinarias. Em um comunicado divulgado depois de uma reunião com representantes das distribuidoras de combustível e refinarias, o premiê francês  pediu aos secretários de segurança pública para supervisionarem o abastecimento nos postos de gasolina.

O governo enviou caminhões-tanque para abastecer os departamentos franceses mais atingidos, no oeste do país, e na região parisiense. Os postos de gasolina nas estradas serão prioritários, para atender a demanda dos automobilistas nas férias de Finados que começam neste fim-de-semana e duram 10 dias. De acordo com o Ministério dos Transportes, cerca de 21% dos postos franceses estão a seco.

O governo francês enviou policiais na noite desta quinta-feira para desbloquear à força a refinaria de Grandpuits, do Grupo Total, localizada na região parisiense. Os cerca de 50 grevistas que bloqueavam a entrada resistiram queimando pneus, mas a polícia forçou a passagem e os trabalhadores que não aderiram ao movimento puderam entrar na refinaria. No confronto com os policiais, três manifestantes ficaram feridos. De acordo com a central CGT, eles precisaram ser hospitalizados.

Os grevistas denunciam o desrespeito ao direito de greve. O objetivo do governo, que já havia desbloqueado à força nesta semana alguns depósitos de combustível considerados estratégicos no país, é abastecer cerca de 2800 postos de gasolina.

A intervenção das forças de ordem melhora o abastecimento, mas é insuficiente para suprir a demanda. No noroeste da França, por exemplo, as autoridades impuseram o racionamento: 30 litros para carros de passeio e 150 litros para os caminhões. A polícia também desbloqueou a zona industrial de Amiens, num ambiente tenso. A greve nas refinarias e nos depósitos de combustível contra a reforma da aposentadoria na França é a que mais prejudica o dia-a-dia e a economia do país.

Para continuar pressionando o governo, os sindicatos franceses decidiram marcar mais dois novos dias de protestos. As manifestações estão agendadas para o próximo dia 28 de outubro e para o dia 6 de novembro.

 

 

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