Famílias entram na Justiça para impedir Renault de batizar carro elétrico de Zoé
Duas famílias de sobrenome Renault temem que suas filhas virem alvo de gozações. A montadora alega que detém a marca desde 1991, quando o nome ainda era pouco conhecido.
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A Justiça de Paris tem 3 semanas para decidir se a Renault poderá batizar seu futuro carro elétrico de Zoé. A ADNP, associação de defesa dos nomes na França, em parceria com duas famílias cujo sobrenome é Renault, entraram com uma ação judicial contra a montadora para evitar que suas filhas não sejam objeto de chacota. Outras 35 mil Zoés que vivem na França podem beneficiar da decisão.
De acordo com o advogado das famílias, David Koubbi, "hoje em dia, os industriais, para valorizar e humanizar seus produtos, transformam nomes em marcas. Podemos ter a sorte ou o azar de nos tornarmos um pote de flores, um perfume ou uma vassoura." O advogado diz temer que alguns pais decidam mudar o nome dos filhos depois de crescidos. Caso de de uma garotinha chamada Clio, que no dia do aniversário de três anos, foi rebatizada de Margot.
Em junho, o presidente da associação Debout la République, Nicolas Dupont-Aignan, propôs uma lei na Assembléia Nacional que proíbe a utilização comercial de nomes de pessoas. O advogado da Renault, Pierre Deprez, lembrou que o fabricante depositou a marca Zoé, em letras maiúsculas e sem acento, em 1991. Na época, o nome não era muito conhecido. "Temos o foguete Ariane, o perfume Anaïs, a comida para gato Félix", justificou o advogado. É a liberdade do comércio."
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