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Ataque dos percevejos na França foi “amplificado” nas redes sociais pela Rússia, diz ministro francês

A "psicose dos percevejos" que se espalhou na França no final do ano passado foi “amplificada artificialmente” pela Rússia, afirmou o ministro francês adjunto para a Europa, Jean-Noël Barrot, nesta sexta-feira (1°).

Foto de percevejos.
Foto de percevejos. © JEWEL SAMAD/AFP
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Questionado no canal TF1 sobre as tentativas de desestabilização alegadas da Rússia na França, o ministro voltou a abordar este caso que escandalizou o mundo.

“A controvérsia dos percevejos (...) foi amplificada artificialmente nas redes sociais por contas que foram estabelecidas como sendo de inspiração ou origem russa, criando até mesmo uma falsa ligação entre a chegada de refugiados ucranianos e a propagação de percevejos”, disse ele. Isto foi “em grande parte amplificado por contas ligadas ao Kremlin”, acrescentou.

Fotos e vídeos amadores relatando a presença desses insetos, que se alimentam de sangue humano e que haviam supostamente desaparecido da vida cotidiana desde a década de 1950, inundaram as redes sociais a partir de meados de setembro.

Assunto de Estado

A volta dos percevejos assumiu dimensões de assunto de Estado, poucos meses antes dos Jogos Olímpicos de Paris, um evento esportivo que levará milhões de turistas à França.

Sete escolas foram fechadas, além de salas de aula, mas todos os casos denunciados, alguns em salas de cinema, outros em um trem, não chegaram a ser comprovados.

Segundo Jean-Noël Barrot, os ataques cibernéticos e as operações de desinformação da Rússia “começaram a acelerar há dois anos, desde o início da guerra na Ucrânia”.

“Sabemos disso porque o presidente criou em 2021 um serviço denominado Viginum cuja missão é detectar estas manobras que visam desestabilizar a opinião pública na França e enfraquecer o apoio público à Ucrânia”, lembrou.

A França também condenou, em novembro, a "interferência digital russa", desta vez denunciando o papel de uma rede russa na "amplificação artificial e primeira distribuição nas redes sociais de fotos de pichações de Estrelas de Davi" em edifícios na região de Paris.

Esta interferência ocorreu no meio do conflito entre o grupo islâmico palestino Hamas e Israel.

Leia tambémInvestigação revela que pichações antissemitas em Paris são parte de campanha de desinformação russa

(Com AFP)

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