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Pirola, nova subvariante da ômicron, chega à França às vésperas do início do ano letivo

A cepa, mais contagiosa, pode se espalhar rapidamente e é considerada uma variante de preocupação pela OMS (Organização Mundial da Saúde). 

Teste rápido de detecção de covid-19. Imagem de arquivo.
Teste rápido de detecção de covid-19. Imagem de arquivo. AFP - JUSTIN TALLIS
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A BA.2.86, ou Pirola, uma das variantes que causa a Covid-19, foi detectada pela primeira vez nesta quinta-feira (31) na França, segundo a agência de vigilância sanitária do país, Santé Publique France. A informação foi antecipada pelo jornal francês Le Parisien.

A contaminação ocorreu no leste francês, de acordo com a agência, que abriu uma investigação para "coletar as informações epidemiológicas necessárias para documentar o caso."

A Pirola é descendente da família ômicron, que surgiu no fim de 2021 e se espalhou rapidamente pelo mundo. A variante possui mais de 40 mutações identificadas na proteína Spike, utilizada pelo vírus Sars-CoV-2 para entrar nas células.

Essa característica aumenta o seu potencial de contágio, disse na semana passada Brigitte Autran, presidente do Covars, grupo de especialistas franceses que antecipa os riscos sanitários.

Mas, apesar de ser mais contagiosa, a Pirola não deverá provocar tantos casos graves e mortes como as variantes alpha, delta ou a ômicron, afirma François Balloux, professor de Biologia Computacional na College University de Londres.

A cepa foi detectada em varios países. Entre eles, Estados Unidos, Dinamarca e Israel. 

Em entrevista ao canal de TV France 3, o infectologista Denis Malvy, do Hospital Universitário de Bordeaux, explicou que, além do potencial de contágio, a nova variante se beneficia de um momento oportuno: a vacinação ou o reforço, para boa parte da população francesa, não é recente.

Além disso, o início do ano letivo, nesta segunda-feira (4), contribuirá para o aumento da circulação da doença nos estabelecimentos de ensino.

Segundo o infectologista francês, é necessário investir em uma nova campanha no outono no país, além de antecipar a evolução do vírius. "A vacina atual continua eficaz, mas é preciso se preparar para a chegada das novas variantes", declarou. 

Na quarta-feira, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) aprovou a nova versão da vacina contra a Covid-19 da Pfizer, que contém a cepa XBB.1.5 e pode ser usada partir dos seis meses.

Fase intermediária

Segundo Denis Malvy, a Covid-19 não desaparecerá. A epidemia acabou, mas o vírus ainda não entrou na chamada fase endêmica, como demonstra o aumento do número de casos em pleno verão.

Nessa fase, o sistema imunológico se acostuma com o vírus, que se torna então sazonal e passa a circular apenas no inverno, quando as pessoas se reúnem em locais fechados e arejam menos o ambiente.

Os conselhos para evitar a contaminação, diz, continuam os mesmos. Em caso de sintomas, usar máscara e adotar o distanciamento social. Outra recomendação é usar o acessório em hospitais, clínicas e quando estiver em contato com um paciente considerado a risco, que pode desenvolver uma forma grave.

(RFI e AFP)

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