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Covid-19: associações de pacientes pedem volta da obrigatoriedade das máscaras na França

A quase duas semanas das festas de fim de ano, muitos franceses estão preocupados com o aumento das contaminações de Covid-19. Doze associações de pacientes fazem um apelo nesta quinta-feira (8) pela volta da obrigatoriedade das máscaras nos transportes públicos, farmácias e lojas - lotados nesta época do ano.

Apesar das recomendações, franceses são resistentes em adotar os gestos básicos de proteção e a tomar as doses de reforço da vacina.
Apesar das recomendações, franceses são resistentes em adotar os gestos básicos de proteção e a tomar as doses de reforço da vacina. AP - Michel Euler
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Em um manifesto publicado no jornal Le Parisien, um coletivo francês de associações pede que o governo seja mais ativo e aja para barrar a progressão da nona onda de Covid-19. Para o grupo, as repetidas recomendações da primeira-ministra Elisabeth Borne não são suficientes para convencer a população a voltar a adotar os gestos básicos de proteção contra a doença. 

"75 mil novos casos e 93 mortos na quarta-feira", destaca o jornal. Na França, "a epidemia já ultrapassa o pico da última onda, quando os hospitais enfrentam também uma grave epidemia de bronquiolite e teme que o mesmo ocorra com a gripe", reitera Le Parisien. Nove regiões francesas, entre elas, a parisiense, entraram em alerta vermelho nesta semana devido ao aumento de casos de Covid-19. Apesar da alta do número de casos, uma parcela pequena da população aderiu à nova campanha de vacinação.

"É preciso proteger os hospitais, os profissionais de saúde, os mais vulneráveis", salientam as associações no manifesto. Em entrevista ao Le Parisien, uma das organizadoras da iniciativa, Magali Leo, presidente da Renaloo, que milita em prol das pessoas que sofrem de doenças renais, lembra que o uso de máscara pode salvar a vida de quem tem a saúde frágil. "Nossa única esperança é a solidariedade", diz.

Proteger os vulneráveis

O jornal Ouest France traz uma entrevista com Yazdan Yazdanpanah, diretor do escritório de doenças infecciosas emergentes da Agência Nacional de Pesquisa e Saúde da França (ANRS). Segundo ele, com as vacinas, tratamentos e pesquisas sobre a Covid-19 nos quase três anos de pandemia, a doença se tornou menos perigosa, "mas não para todos". 

O especialista confirma que as subvariantes da ômicron, embora sejam mais contagiosas, geram sintomas menos graves. No entanto, alerta que metade dos pacientes nas UTIs que desenvolveram complicações devido à Covid-19 são imunossuprimidos, além de idosos. Por isso, Yazdanpanah alerta: "é realmente preciso continuar a proteger os vulneráveis". Segundo ele, a preocupação é grande também com quem nunca se vacinou ou não tomou as doses de reforço. 

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