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França: taxa de participação oscila no 2º turno da eleição legislativa

A participação no segundo turno da eleição legislativa na França registrou uma "ligeira" alta ao meio-dia, neste domingo (19), em relação ao primeiro turno, há uma semana, antes de registrar uma queda às 17h. O pleito vai determinar se o presidente reeleito, Emmanuel Macron, terá a maioria das cadeiras na Assembleia Nacional, à frente da coalizão de esquerda, Nupes.

Eleitora vota no segundo turno da eleição legislativa francesa.
Eleitora vota no segundo turno da eleição legislativa francesa. © AFP / CLEMENT MAHOUDEAU
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O chefe de Estado francês, acompanhado de sua esposa, Brigitte, votou por volta das 13h na cidade Le Touquet, na costa noroeste da França. Em seguida, ele cumprimentou apoiadores e curiosos que o aguardavam do lado de fora, na chuva.

A taxa de participação no pleito, na França metropolitana, era de 18,99% segundo o ministério do Interior — 0,56% acima em relação ao primeiro turno. Mas às 17h o índice era de 38,11%, uma baixa de 1,31% com relação ao primeiro turno, quando 39,42 % dos eleitores já tinham votado no mesmo horário. 

Mais de 48 milhões de franceses estão inscritos para votar no segundo turno. Os partidos que integram a coalizão presidencial Juntos! devem eleger 289 dos 577 deputados para obter a maioria na Assembleia — na França, os senadores são escolhidos por voto indireto. 

A expectativa é de que a Nova União Popular, Ecologista e Socialista (Nupes), coalizão formada pela maioria dos partidos de esquerda, eleja mais representantes na Assembleia Nacional. É o que mostram os resultados da eleição em Guadalupe, onde a votação aconteceu no sábado por causa do fuso horário : o candidato apoiado pelo Nupes, Christian Baptiste, venceu a secretária dos Territórios Ultramarinos Justine Benin, obtendo 58,86%dos votos, contra 41,35% para a representante do governo. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, na hora do voto para  segundo turno da eleição legislativa.
O presidente francês, Emmanuel Macron, na hora do voto para segundo turno da eleição legislativa. AP - Michel Spingler

Oito dos nove candidatos apoiados pela coalizão de esquerda foram eleitos na Martinica, Guadalupe e na Guiana Francesa. O partido de Macron, a República em Marcha, perdeu uma cadeira na Guiana e outra em Guadalupe.

Além de Justine Benin, outros ministros do gabinete de Macron participam da eleição: Amélie de Montchalin (Transição Ecológica), que tentará se eleger em Essone, na região parisiense, Stanislas Guerini (Função Pública) e Clément Beaune (Assuntos Europeus), em Paris. Os locais de votação fecham às 18h (horário local) nas cidades do interior e às 20h nas grandes cidades francesas, quando serão divulgadas as primeiras estimativas.  

A mobilização do eleitorado continua sendo o grande desafio para os partidos na França, onde o voto não é obrigatório. A taxa de abstenção no primeiro turno chegou a 52,5%. O recorde aconteceu em 2017, com 57,4% de ausentes, a maior taxa desde 1958.

O líder do partido de extrema esquerda, a França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon deposita seu voto em Marselha, neste domingo (19): coalizão de esquerda pode reivindicar que ele se torne primeiro-ministro.
O líder do partido de extrema esquerda, a França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon deposita seu voto em Marselha, neste domingo (19): coalizão de esquerda pode reivindicar que ele se torne primeiro-ministro. © ERIC GAILLARD/REUTERS

Empate no primeiro turno

No primeiro turno, a coalizão presidencial e a de esquerda obtiveram praticamente empate técnico, com cerca de 26% dos votos. O partido de extrema direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, obteve 18.7% dos votos, 5,5 pontos a mais do que em 2017. O partido Os Republicanos, de direita, obteve 11,3%, assim como o UDI (União de Democratas e de Independentes) de centro direita. 

A eleição legislativa francesa é proporcional, o que pode permitir que o partido de Le Pen obtenha um grupo de, no mínimo, 15 deputados na Assembleia. Isso ocorreu apenas uma vez na história na França, entre 1986 e 1988, quando o partido ainda se chamava Frente Nacional e era liderado pelo pai de Marine, Jean Marie Le Pen.

(Com informações da AFP)

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