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Mesmo sem ter anunciado candidatura, Macron lidera pesquisas para eleição presidencial na França

Duas pesquisas de opinião divulgadas nessa quarta-feira (23) confirmam a liderança de Emmanuel Macron na corrida presidencial francesa, mesmo se o chefe de Estado ainda não anunciou oficialmente sua candidatura para o pleito. A eleição acontece em menos de dois meses e, se o voto fosse hoje, Macron iria para o segundo turno com Marine Le Pen, como em 2017.

Emmanuel Macron ainda não anunciou sua candidatura para a eleição presidencial, mas oposição acusa o chefe de Estado de já ter começado sua campanha.
Emmanuel Macron ainda não anunciou sua candidatura para a eleição presidencial, mas oposição acusa o chefe de Estado de já ter começado sua campanha. AP - Jean-Francois Badias
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As pesquisas divulgadas pelos institutos Elabe e Harris Interactive indicam que Emmanuel Macron reúne cerca de 24% e 24,5% das intenções de voto, respectivamente. O segundo lugar ficaria com a líder da extrema direita, Marine Le Pen, que reúne de 17% a 18% das intenções de voto.

Eric Zemmour, polêmico jornalista que estreia na política com um discurso ultraconservador e chegou a se aproximar de Le Pen em algumas pesquisas, ficaria entre 13,5% e 15,5%, dependendo do instituto de sondagem. Já a candidata da direita tradicional, Valérie Pécresse, perde cada vez mais espaço, e aparece com 11,5% e 13,5% de acordo com Elabe e Harris Interactive, respectivamente. Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, sobe aos poucos, mas ainda está atrás de Pécresse, reunindo entre 11% e 12% das intenções de voto.

Macron deve confirmar sua candidatura na próxima semana, em uma data ainda a ser definida. No entanto, um primeiro comício do presidente já está previsto para 5 de março, na cidade de Marselha. O evento acontece um dia após o prazo final para que os presidenciáveis oficializem suas candidaturas.

Da extrema direita à esquerda radical, seus rivais já estão em campanha, mas o chefe de Estado vem adiando iniciar a sua. Segundo sua equipe, o presidente de 44 anos busca mostrar que trabalha "até o último minuto" de seu mandato.

A oposição acusa o presidente de fazer campanha "de forma encoberta", aproveitando sua posição de presidente rotativo da União Europeia e seu protagonista internacional nas negociações sobre a crise na Ucrânia.

Perda de poder aquisitivo

Segundo as pesquisas, a principal preocupação dos franceses é a perda de poder aquisitivo, em um contexto de aumento dos preços da energia, o qual o governo se esforça para frear.

Desde que chegou ao poder em 2017 com um desejo reformista e de defesa da União Europeia, Macron enfrentou várias crises. Entre elas, o protesto social dos "coletes amarelos" e a crise sanitária mundial da Covid-19.

Para analistas, Macron, que já antecipou seu desejo de retomar sua polêmica reforma da Previdência adiada pela pandemia, está se beneficiando das brigas entre rivais à sua direita, assim como da divisão à esquerda.

O primeiro turno da eleição presidencial francesa está previsto para 10 de abril e o segundo turno acontece duas semanas depois.

(Com informações da AFP)

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