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Yannick Jadot vence candidata feminista e vai representar ecologistas na corrida presidencial francesa

O eurodeputado e ativista ambiental Yannick Jadot venceu as primárias organizadas pelo Europe Écologie Les Verts (EELV), o partido ecologista francês, e vai disputar a eleição presidencial em 2022. Ele derrotou nesta terça-feira (28) Sandrine Rousseau, apresentada como uma candidata “ecofeminista”.

Yannick Jadot vai representar os ecologistas na corrida presidencial francesa
Yannick Jadot vai representar os ecologistas na corrida presidencial francesa JOEL SAGET AFP/File
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A diferença de votos foi pequena, já que Jadot venceu a disputa com 51,03%, contra 48,97% para sua rival. Mesmo assim, o resultado foi bastante celebrado, principalmente pelos chefes tradicionais do partido, que viam no eurodeputado um candidato que luta por “uma ecologia que reúne a sociedade”.

Já Sandrine Rousseau, que fez uma campanha se apresentando como "radical" e "ecofeminista", contava com o apoio de personalidades feministas famosas na França, como a diretora de cinema Céline Sciamma.

Essa não foi a primeira vitória de Jadot. Há cinco anos, ele foi escolhido por seu partido para representar os ecologistas nas eleições presidenciais de 2017, mas decidiu se retirar para apoiar o candidato socialista Benoît Hamon, que na época destacou seu compromisso com o meio ambiente, mas que terminou no primeiro turno com 6,36% dos votos.

Os Verdes agora buscam a liderança, impulsionados pelo terceiro lugar conquistado em 2019 nas eleições para o Parlamento Europeu, onde Jadot é deputado desde 2009, além das conquistas do partido em 2020, com a vitória nas eleições municipais em grandes cidades francesas, como Lyon e Bordeaux.

Mas o candidato ecologista terá como desafio se impor como o principal candidato da esquerda francesa que, como a direita, ainda peca por falta de nomes de peso. Atualmente, além de Emmanuel Macron, apenas os extremos se sobressaem na corrida presidencial, com Marine Le Pen na extrema direita e Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, bem mais distante nas pesquisas. As sondagens apontam que, se a eleição fosse hoje, o segundo turno seria decidido entre Macron e Le Pen.  

Críticas a Bolsonaro

A vida pública de Jadot começou em 2002, quando assumiu como gerente de campanha do Greenpeace na França. Em 2006, dois anos antes de deixar a ONG, foi condenado por violar os interesses da nação após invadir o perímetro de uma base de submarinos nucleares.

Sua luta contra a globalização o levou ao Parlamento Europeu, em 2009, onde não hesita em denunciar os acordos comerciais da União Europeia (UE) com o Canadá ou os países do Mercosul e o presidente Jair Bolsonaro.

"O acordo com o Mercosul é estruturalmente destrutivo para a Amazônia", disse o ambientalista em 2019, quando criticou Macron que tenta chegar a um acordo com Bolsonaro, que "quer massacrar" este pulmão verde.

Seu programa para chegar ao Palácio do Eliseu inclui taxar as emissões de CO2, a transição energética e a promoção da agricultura sustentável. Ele também defende um mandato único de sete anos.

(Com informações da AFP)

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