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Refugiado ruandês suspeito de incendiar catedral em 2020 confessa ter matado padre

Um refugiado ruandês suspeito de causar um grande incêndio que devastou a catedral na cidade francesa de Nantes no ano passado assassinou um padre católico no oeste da França na segunda-feira (9), disseram o ministro do Interior e uma fonte próxima à investigação.

Um funcionário da DRAC (Diretoria Regional de Assuntos Culturais) visita a Catedral de São Pedro e São Paulo de Nantes, no oeste da França, em 30 de junho de 2021, quase um ano após ter sido gravemente danificada por um incêndio.
Um funcionário da DRAC (Diretoria Regional de Assuntos Culturais) visita a Catedral de São Pedro e São Paulo de Nantes, no oeste da França, em 30 de junho de 2021, quase um ano após ter sido gravemente danificada por um incêndio. AFP - LOIC VENANCE
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"Todo o meu apoio aos católicos de nosso país após o dramático assassinato de um padre na região de Vendée", escreveu o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, no Twitter, dizendo que estava indo para o local.

Uma fonte próxima à investigação, que pediu para não ser identificada, disse que um homem havia procurado a polícia na cidade de Mortagne-sur-Sevre e declarado ter matado um padre. O homem já estava sob controle judicial por causa do incêndio na catedral de Nantes em julho de 2020, acrescentou a fonte.

Segundo esta mesma fonte, o padre, de 60 anos, há vários meses recebia o suspeito em sua igreja.

O homem, identificado como Emmanuel A., confessou estar por trás do incêndio na catedral gótica de Nantes que chocou a França em 18 de julho de 2020.

Ele havia sido inicialmente preso, antes de ser libertado sob controle judicial.

O líder de extrema direita Marine Le Pen, que critica a política migratória do governo de Emmanuel Macron, não tardou a comentar sobre o incidente, dizendo que na França "você pode ser um migrante ilegal, atear fogo a uma catedral, não ser expulso e reincidir assassinando um padre ".

Darmanin imediatamente a acusou de "fazer polêmica sem conhecer os fatos", dizendo que o homem não poderia ser expulso da França enquanto estivesse sob controle judicial.

A imigração promete ser uma das questões centrais quando Le Pen desafiar o presidente centrista Emmanuel Macron para a presidência em 2022.

Fogo destruiu órgão do século 17

O incêndio em Nantes aconteceu 15 meses após o devastador incêndio de 2019 na catedral de Notre-Dame em Paris, que levantou questões sobre os riscos de segurança para outras igrejas históricas em toda a França.

Os bombeiros conseguiram conter o incêndio de Nantes após apenas duas horas e salvar a estrutura principal, mas seu famoso órgão, que datava de 1621 e havia sobrevivido à Revolução Francesa e ao bombardeio da Segunda Guerra Mundial, foi destruído.

Também foram perdidos artefatos e pinturas de valor inestimável, incluindo uma obra do artista do século 19, Jean-Hippolyte Flandrin, e vitrais que continham vestígios de vidro do século 16. Os reparos devem levar vários anos.

(com informações da AFP)

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