Refugiado ruandês suspeito de incendiar catedral em 2020 confessa ter matado padre
Um refugiado ruandês suspeito de causar um grande incêndio que devastou a catedral na cidade francesa de Nantes no ano passado assassinou um padre católico no oeste da França na segunda-feira (9), disseram o ministro do Interior e uma fonte próxima à investigação.
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"Todo o meu apoio aos católicos de nosso país após o dramático assassinato de um padre na região de Vendée", escreveu o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, no Twitter, dizendo que estava indo para o local.
Uma fonte próxima à investigação, que pediu para não ser identificada, disse que um homem havia procurado a polícia na cidade de Mortagne-sur-Sevre e declarado ter matado um padre. O homem já estava sob controle judicial por causa do incêndio na catedral de Nantes em julho de 2020, acrescentou a fonte.
Segundo esta mesma fonte, o padre, de 60 anos, há vários meses recebia o suspeito em sua igreja.
Ele havia sido inicialmente preso, antes de ser libertado sob controle judicial.
O líder de extrema direita Marine Le Pen, que critica a política migratória do governo de Emmanuel Macron, não tardou a comentar sobre o incidente, dizendo que na França "você pode ser um migrante ilegal, atear fogo a uma catedral, não ser expulso e reincidir assassinando um padre ".
Darmanin imediatamente a acusou de "fazer polêmica sem conhecer os fatos", dizendo que o homem não poderia ser expulso da França enquanto estivesse sob controle judicial.
A imigração promete ser uma das questões centrais quando Le Pen desafiar o presidente centrista Emmanuel Macron para a presidência em 2022.
Fogo destruiu órgão do século 17
O incêndio em Nantes aconteceu 15 meses após o devastador incêndio de 2019 na catedral de Notre-Dame em Paris, que levantou questões sobre os riscos de segurança para outras igrejas históricas em toda a França.
Os bombeiros conseguiram conter o incêndio de Nantes após apenas duas horas e salvar a estrutura principal, mas seu famoso órgão, que datava de 1621 e havia sobrevivido à Revolução Francesa e ao bombardeio da Segunda Guerra Mundial, foi destruído.
Também foram perdidos artefatos e pinturas de valor inestimável, incluindo uma obra do artista do século 19, Jean-Hippolyte Flandrin, e vitrais que continham vestígios de vidro do século 16. Os reparos devem levar vários anos.
(com informações da AFP)
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