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Chantilly: em dificuldades financeiras, um dos mais belos castelos da França pede socorro

A pandemia e o fim da ajuda de um poderoso mecenas colocam em risco o futuro de uma das propriedades mais majestosas da França, o castelo de Chantilly, ao norte de Paris. A reportagem é do jornal Le Figaro desta sexta-feira (22).

O pedido de ajuda do Castelo de Chantilly é manchete do jornal Le Figaro desta sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
O pedido de ajuda do Castelo de Chantilly é manchete do jornal Le Figaro desta sexta-feira, 22 de janeiro de 2021 © Fotomontagem RFI/Adriana de Freitas
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O cenário de conto de fadas é composto por um palácio, um famoso estábulo e 7 mil hectares de parques e florestas. Até a pandemia chegar, era uma importante atração turística nos arredores de Paris, além de ser alugado para grandes eventos e filmagens.

O jogador brasileiro Ronaldo e a modelo Daniela Cicarelli fizeram uma grande festa de casamento no local, em 2005. A união durou menos de três meses. O palácio teria sido também local da criação do famoso creme que leva seu nome.

Mas a pandemia e o fim de um importante mecenato ameaçam o local, alerta o Instituto da França, que administra Chantilly. “Em dois meses, não teremos mais caixa”, diz Christophe Tardieu, diretor do castelo ao jornal Le Figaro.

Os custos mensais incluem o salário de 130 pessoas e contas de eletricidade de 35 mil euros. Os gastos com cavalos e pôneis chegam a 40 mil euros por trimestre. Isso sem contar as frequentes despesas de manutenção.

Tesouros inestimáveis

Antes da pandemia, cerca de 450 mil visitantes vinham a Chantilly por ano apreciar o castelo (construído no final do século 19, no local de um antigo palácio medieval destruído na Revolução Francesa), o jardim desenhado por Le Nôtre (responsável também pelos jardins das Tulherias e de Versalhes) e a fabulosa coleção de arte, com pinturas de Botticelli, Rafael, Fra Angelico e outros.

Em oito meses, o número de turistas diminuiu pela metade, assim como as entradas de caixa. Mas Chantilly perdeu também a preciosa ajuda da fundação do príncipe milionário Aga Kahn, que durante 15 anos injetou milhões de euros na propriedade. O fim da provisão estava prevista, com a aposentadoria do mecenas, que tem 83 anos. Aga Kahn, nascido na Suíça, é chefe espiritual dos muçulmanos ismailitas, que dizem ser descendentes do profeta Maomé.

Um apelo já foi lançado ao presidente Emmanuel Macron, grande admirador de lugares históricos, informa Le Figaro.

 

 

 

 

 

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