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França tem menor número diário de mortes pela Covid-19; vítimas no mundo superam 400 mil pessoas

A França registrou no balanço das últimas 24 horas 13 novas mortes em hospitais provocadas pela pneumonia viral causada pelo novo coronavírus. Trata-se do menor número diário de vítimas desde 14 de março, três dias antes do início do confinamento, segundo informações publicadas neste domingo (7) no site do governo francês.

Irresponsabilidade do governo de Jair Bolsonaro faz com que brasileiros continuem chegando aos hospitais com quadros graves da Covid-19, como nesta UTI em Maricá, no Rio de Janeiro.
Irresponsabilidade do governo de Jair Bolsonaro faz com que brasileiros continuem chegando aos hospitais com quadros graves da Covid-19, como nesta UTI em Maricá, no Rio de Janeiro. AFP
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O novo coronavírus matou 29.155 pessoas na França desde o início da epidemia, incluindo 18.805 vítimas em hospitais e 10.350 em casas de repouso para idosos e outros estabelecimentos médico-sociais – os resultados para este setor, por sinal, não foram atualizados desde 2 de junho.

O número de pessoas hospitalizadas em estado grave, em unidades de terapia intensiva, continua em declínio, totalizando 1.053 doentes, seis a menos em 24 horas, de acordo com a avaliação atualizada. Este é o número mais baixo de pacientes na UTI desde 18 de março.

A epidemia continua seu declínio permanente na França desde o início de abril, quando foi atingido o pico em terapia intensiva, com mais de 7.000 pacientes em estado grave, para uma capacidade nacional da ordem de 5.000 leitos de UTI antes da crise.

O presidente do conselho científico criado para orientar as decisões do governo, Jean-François Delfraissy, confirmou hoje que a epidemia foi controlada no país.

Brasil continua no olho do furacão

A pandemia continua, no entanto, causando um elevado número de mortos na América Latina, principalmente no Brasil, hoje o país que mais contribui para o aumento de vítimas. Segundo o balanço atualizado neste domingo, o novo vírus Sars-CoV-2 já causou mais de 400.000 mortes em todo o mundo, desde que surgiu na China, em dezembro passado. Pelo menos sete milhões de pessoas em todo o planeta foram contaminadas.

Há algumas semanas transformada no novo epicentro da pandemia, a América Latina registra mais de 1,3 milhão de casos de contágio e passa de 64.000 óbitos. Mais da metade do total de mortos estão no Brasil, onde o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro se recusou a aplicar medidas de confinamento.

Em sua tradicional missa de domingo, no Vaticano, o papa Francisco lamentou hoje que o vírus letal continue tirando vidas na região. Depois de agradecer pelo fato de a epidemia parecer ter sido superada na Itália, Francisco acrescentou que "infelizmente, em outros países, especialmente na América Latina, o vírus continua fazendo muitas vítimas". O papa expressou sua "proximidade com essas populações, os doentes e suas famílias e todos os que cuidam deles".

O Peru é o segundo país da região em número de casos (191.758) e o terceiro em mortes (5.302), com um sistema de saúde à beira do colapso.

Com 386 mortes e 16.000 infecções, o Panamá, o mais atingido da América Central, retomará a quarentena por gênero na capital e em uma província adjacente na segunda-feira (8), depois do aumento de número de doentes decorrente da suspensão do isolamento.

Temendo uma maior disseminação do vírus, a Venezuela anunciou que reduzirá o fluxo de migrantes autorizados a retornar ao país por meio da fronteira com a Colômbia, a partir desta segunda-feira.

Em Cuba, o presidente Miguel Díaz-Canel declarou a Covid-19 "sob controle" e afirmou que poderá anunciar uma estratégia de suspensão do isolamento gradual na próxima semana. Neste domingo, o país completou oito dias sem registrar óbitos por coronavírus.

Em um artigo no jornal espanhol "El País", o escritor peruano Mario Vargas Llosa destacou a "eficiente" maneira como o Uruguai vem lutando contra o vírus. Até o momento, o país acumula 826 infectados e 23 mortes. No texto, o Prêmio Nobel de Literatura critica o Brasil e a Argentina por não imitarem o país vizinho. "A estes gigantes teria sido melhor se, em vez de fazer o que fizeram para deter (ou incentivar, no caso brasileiro) a pandemia, tivessem seguido o exemplo uruguaio", afirmou Vargas Llosa.

O futebol espanhol vai respeitar um minuto de silêncio antes de todos os jogos, em sua retomada na próxima semana, em memória das vítimas do coronavírus, anunciou a federação (RFEF) neste domingo.

Com informações da AFP

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