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Coronavírus/ Golpe

Falsos policiais multam chineses com máscaras na França por ocultarem seus rostos

Na França, falsos policiais teriam aplicado um golpe sobre estudantes chineses que usavam máscaras de proteção contra o coronavírus, cobrando multas “em nome da lei que proíbe o uso do véu completo no país”. As informações são da embaixada chinesa em Paris.

Mulher porta máscara em Trocadero, em frente à Torre Eiffel, em Paris. Em 25 de janeiro de 2020.
Mulher porta máscara em Trocadero, em frente à Torre Eiffel, em Paris. Em 25 de janeiro de 2020. ©REUTERS/Benoit Tessier
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Sob orientação das autoridades de saúde, a maior parte da população tem portado máscara nas cidades chinesas, para evitar a contaminação pelo vírus causador do Covid-19, que surgiu no país em dezembro.

Na França, no entanto, ainda não há uma orientação formal por parte do governo que incentive o uso das máscaras pela população, tornando menos comum o uso da proteção por todos os cidadãos, sendo o hábito mais comum entre os chineses.

"Esses estudantes (...) foram multados em € 150 pela ‘polícia’ por violar a lei que proíbe a ocultação do rosto no espaço público", informou a embaixada chinesa em seu site, acrescentando que, depois de verificar o procedimento com a polícia e a justiça francesas, constatou que esses seriam criminosos que estariam se passando por policiais. “Usar uma máscara por razões de saúde não é ilegal", conclui o comunicado.

Agentes de saúde também seriam alvo de “falsificações”

A França foi o primeiro país europeu a banir o uso do véu em espaço público, com uma lei promulgada em outubro de 2010 pelo então presidente Nicolas Sarkozy, e aplicada desde abril de 2011. A lei pune com multa de até € 150 quem portar o niqab (véu que mostra apenas os olhos) ou a burca (traje completo que oculta até os olhos, escondidos por uma malha).

A Embaixada da China também denunciou criminosos que estariam roubando – ou falsificando - identidades de agentes do serviço público de saúde para invadir ilegalmente moradias de cidadãos chineses que moram na França, e cometerem roubos.

Com isso, a embaixada passou a orientar os chineses que fiquem atentos às pessoas que alegam agir em nome de medidas preventivas contra o coronavírus. A comunidade asiática já costuma ser vítima de ataques racistas na região parisiense, o que se agravou desde o início da epidemia, se tornando extensivo a outros países da Europa.

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