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Ucrânia: ex-premiê David Cameron leva apoio a Zelensky após ser nomeado chanceler britânico

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu nesta quinta-feira (16), o novo chanceler britânico David Cameron, que prometeu continuar fornecendo apoio militar, diplomático e econômico a Kiev "pelo tempo que for necessário".

O novo chanceler britânico, David Cameron, visita a Ucrânia para levar apoio ao presidente Volodymyr Zelensky.
O novo chanceler britânico, David Cameron, visita a Ucrânia para levar apoio ao presidente Volodymyr Zelensky. © UKRAINIAN FOREIGN MINISTRY / Reuters
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A visita surpresa de Cameron, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, é a primeira à Ucrânia desde que ele foi nomeado ministro das Relações Exteriores, na segunda-feira (13).

"É uma grande honra conhecê-lo", disse o chanceler britânico à Zelensky, de acordo com um vídeo divulgado pela presidência ucraniana. "Queria que esta fosse a minha primeira visita. Admiro sua força e a determinação do povo ucraniano", acrescentou.

"Nós vamos continuar oferecendo apoio moral, diplomático e econômico, mas, acima de tudo, o apoio militar de que vocês precisam. Não apenas este ano e no próximo, mas pelo tempo que for necessário", prometeu Cameron.

A mensagem foi bem recebida por Kiev, que defende a manutenção do apoio europeu e dos Estados Unidos à Ucrânia e que luta contra o desgaste após quase dois anos de guerra. Alguns países ocidentais defendem a diminuição da ajuda aos ucranianos.

Zelensky agradeceu a Cameron pela visita, que considerou "muito importante". "Agora você sabe que o mundo não está focado na situação no campo de batalha na Ucrânia  devido à crise no Oriente Médio", afirmou Zelensky, em referência à guerra entre Israel e o Hamas.

"A Rússia pensa que o Ocidente acabará concentrando sua atenção em outros lugares. Mas isso é falso", disse Cameron. O país é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, com 4,6 bilhões de libras (US$ 5,7 bilhões de dólares, ou R$ 27,6 bilhões na cotação atual) prometidos até o momento.

Ofensiva russa em Avdiivka

O Reino Unido está discutindo com a Ucrânia a entrega de armas, o reforço da defesa aérea e a proteção da população e das infraestruturas críticas, anunciou o presidente ucraniano no Telegram.

A Ucrânia está tentando reforçar sua defesa aérea com a chegada do inverno e prevê um novo ataque russo à sua rede de energia, como ocorreu um ano atrás, quando milhões de ucranianos ficaram sem aquecimento e eletricidade.

Durante o encontro em Kiev, Cameron também foi informado sobre a situação militar. A linha de frente é praticamente a mesma há um ano, sem avanço das tropas ucranianas, apesar da contraofensiva lançada em junho.

O chefe do Exército da Ucrânia, Valeri Zalujni, admitiu no início de novembro que as duas forças militares estão "em um impasse". Apesar disso, as tropas de Kiev conseguiram, recentemente, estabelecer posições na margem esquerda do rio Dniepre, na região de Kherson, no sul. A área é ocupada pelos russos.

O avanço das tropas ucranianas no setor seria uma vantagem, mas as forças do Kremlin não recuam e continuam bombardeando o sul, além de manterem uma ofensiva no leste.

Nos últimos dias, o Exército russo intensificou seu ataque sobre Avdiivka, no leste da Ucrânia, afirmou o prefeito da cidade, nesta quinta-feira. De acordo com ele, a situação "é muito tensa", e os russos atacam com ajuda da infantaria "quase 24 horas por dia".

Com informações da AFP

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