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Em Berlim, Zelensky agradece apoio da Alemanha, "verdadeira amiga" e "aliada confiável"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reuniu neste domingo (14) com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim, depois de ser recebido pelo presidente Frank-Walter Steinmeier. Na véspera, a Alemanha anunciou uma nova ajuda militar de € 2,7 bilhões e não foi poupadA de elogios.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim, neste domingo (14).
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim, neste domingo (14). AP - Markus Schreiber
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"Verdadeira amiga" e "aliada confiável": a Alemanha parece ter subido no conceito de Zelensky, que realiza uma visita sob alta segurança a Berlim, após os alemães terem protagonizado meses de impasse sobre a entrega de armamentos a Kiev até o início deste ano. No sábado (13), o chefe de Estado ucraniano também esteve na Itália, onde encontrou a primeira-ministra Giorgia Meloni e o papa Francisco.

"Gostaria de agradecê-lo sinceramente, Olaf [Sholz], e a todo o povo alemão, em nome de cada vida ucraniana salva graças a seu apoio", indicou Zelensky ao chanceler alemão, durante uma coletiva de imprensa conjunta. "Chegou o momento de colocar um fim à guerra. Poderemos tornar a derrota do agressor irreversível neste ano", reiterou.

Scholz também garantiu que Berlim apoiará a Ucrânia "o tempo que for necessário". "A Ucrânia está pronta para a paz. Mas ela exige, com razão, o nosso apoio - o que não significa o congelamento da guerra e uma forma de paz ditada pela Rússia", indicou o chanceler.

Logo depois do encontro com Scholz, o presidente ucraniano se dirigiu à cidade de Aachen, no oeste, onde recebe o prêmio Charlemagne, uma distinção que recompensa o engajamento em favor da promoção da união na Europa. 

Mais cedo, Zelensky e o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, também participaram de uma reunião com vários membros do governo alemão, entre eles, a chefe da diplomacia do país, Annalena Baerbock. 

Ajuda militar recorde

Na véspera, o governo alemão anunciou um novo plano de apoio militar recorde à Ucrânia, um valor inédito desde o início do conflito, de € 2,7 bilhões, incluindo a entrega de equipamentos de guerra. A previsão é que Berlim envie 30 tanques Leopard-1 A5, 20 novos veículos blindados Marder e uma centena de outros menores, 200 drones, quatro novos sistemas aéreos de defesa Iris-T, bem como mísseis de defesa, 18 canhões Howitzer e munições. 

No entanto, a ajuda não inclui a entrega de aviões de combate, como a Ucrânia pede há meses, sem sucesso. Zelensky reiterou o apelo neste domingo, afirmando que os dois países estão "trabalhando" sobre a questão.    

As relações entre Kiev e Berlim ficaram abaladas durante meses devido à resistência da Alemanha a contribuir com o envio de material bélico à Ucrânia. Apesar da solidariedade de Berlim, o vice-ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrij Melnyk, não deixou de expressar sua frustração. Segundo ele, "a maior parte dos sistemas aéreos de defesa prometidos [pela Alemanha] são antigos". 

Preparativos para ofensiva

A rápida visita de Zelensky a Roma e a Berlim ocorrem em um momento em que a Ucrânia se prepara para lançar uma ofensiva e tentar recuperar territórios invadidos pela Rússia. Na quinta-feira (11), o presidente ucraniano explicou à BBC que precisa "de mais tempo" antes de dar início à operação. 

O momento parece ser favorável a Kiev, já que Moscou dá mostras de dificuldades no conflito. Na última semana, o chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Evgueni Prigojine, não poupou a Rússia de críticas, afirmando que soldados estão desertando e reclamando não receber reforços da parte do Kremlin.

Moscou garante que avança em Bakhmut, no leste da Ucrânia, epicentro dos combates. Neste domingo, o Ministério da Defesa da Rússia indicou que atingiu Ternopil, no oeste, e Petropavlivka, no centro-leste, onde há um silo de armamentos enviados pelos países ocidentais à Ucrânia. Em contrapartida, as forças armadas russas também anunciaram a morte de dois importantes militares - uma comunicação rara da parte do país desde o início da invasão, há 15 meses. 

(Com informações da AFP

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