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Espanhóis fazem dia de luto após ataques a duas igrejas que mataram um sacristão e feriram um padre

Moradores de Algeciras, no sul da Espanha, realizam um dia de luto nesta quinta-feira (26), após o ataque em duas igrejas da cidade, na quarta-feira (25) que resultaram na morte de um sacristão e deixaram um padre ferido. As autoridades espanholas anunciaram a abertura de uma investigação por terrorismo.

Na Espanha, os moradores de Algeciras, no sul, realizam um dia de luto nesta quinta-feira, após o ataque, ontem, a duas igrejas da cidade, matando um sacristão e ferindo um padre.
Na Espanha, os moradores de Algeciras, no sul, realizam um dia de luto nesta quinta-feira, após o ataque, ontem, a duas igrejas da cidade, matando um sacristão e ferindo um padre. via REUTERS - FORTA
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O suposto autor do ataque foi detido: um marroquino de 25 anos, segundo uma fonte policial. Ele foi imediatamente preso e estava sob custódia na manhã de quinta-feira.

"Depois das 19h (15h em Brasília), este homem entrou na igreja de San Isidro em Algeciras e atacou o padre, armado com um facão, ferindo-o gravemente", disse o ministério do Interior espanhol, em um comunicado à imprensa. "Em seguida, ele dirigiu-se à igreja de Nuestra Señora de La Palma, onde atacou o sacristão, depois de causar vários danos", acrescentou a nota. O sacristão, Diego Valencia, "conseguiu sair da igreja, mas foi pego do lado de fora pelo agressor, que o atingiu com várias punhaladas mortais", continuaram as autoridades.

Segundo uma porta-voz dos serviços de emergência, o padre Antonio Rodríguez foi ferido "no pescoço" e hospitalizado enquanto o sacristão morreu na rua.

Os moradores de Algeciras se reúnem ao meio dia (8 horas de Brasília) em frente a uma das igrejas palco das violências. Estas duas igrejas estão localizadas a poucas centenas de metros uma da outra nesta cidade de cerca de 120 mil habitantes.

No Twitter, o chefe do governo espanhol, o socialista Pedro Sanchez, "enviou as mais sinceras condolências aos familiares do sacristão que morreu no terrível atentado a Algeciras" e desejou "uma rápida recuperação aos feridos".

O caso gerou revolta nesta cidade do extremo sul da Espanha, de onde partem a maioria dos barcos que cruzam o Estreito de Gibraltar rumo ao Marrocos.

"É um momento de dor", disse Juan José Marina, fiel da igreja de Nuestra Señora de la Palma, onde atuava o sacristão assassinado. "Não é algo que temíamos porque as relações com a comunidade muçulmana são boas em Algeciras, não temos problema", acrescentou ele à rádio pública espanhola.

“Estamos destruídos. Esta pessoa não representa o Islã e os valores muçulmanos”, afirmou Dris Mohamed Amar, porta-voz da União dos Muçulmanos do Campo de Gibraltar, território do qual Algeciras depende.

Juanma Moreno, presidente da região da Andaluzia onde se situa Algeciras, qualificou o ataque de "terrível e insuportável", enquanto o líder do Partido Popular, principal formação da oposição de direita, Alberto Núñez Feijóo, disse estar "horrorizado ".

Os últimos atentados perpetrados na Espanha datam de agosto de 2017, quando dois ataques de uma célula jihadista deixaram 16 mortos e 140 feridos, na avenida das Ramblas, em Barcelona, e no balneário de Cambrils. Eles foram reivindicados peo grupo Estado Islâmico.

(Com informações da AFP)

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