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Partidários da extrema direita protestam contra governo socialista nas ruas da Espanha

Milhares de simpatizantes da extrema-direita Vox se manifestaram em várias cidades da Espanha, incluindo Madri, contra o governo do socialista Pedro Sánchez. Para Santiago Abascal, líder do partido ultraconservador Vox, a política do atual primeiro-ministro representa uma traição para a honra do país.

Partidário do Vox reunidos nas ruas de Madri em protesto contra o governo socialista.
Partidário do Vox reunidos nas ruas de Madri em protesto contra o governo socialista. AFP - PIERRE-PHILIPPE MARCOU
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Com informações da AFP e de François Musseau, correspondente da RFI em Madri

Cerca de 25.000 pessoas, segundo a polícia, se reuniram na central Plaza de Colón, na capital espanhola, dominada por uma enorme bandeira nacional, que também foi carregada por muitos dos participantes. Em meio aos participantes, era possível ver cartazes com os dizeres “Pedro Sánchez na prisão”.

A mensagem resume bem o sentimento de raiva que motivou os manifestantes que saíram às ruas neste domingo. Segundo eles, o executivo socialista seria responsável por todos os problemas do país: a pobreza crescente, a crise energética, a redução das penas para delinquentes sexuais e até a suposta “liberdade extrema” concedida aos transexuais.

José Ramon, 76 anos, faz parte desses manifestantes que responderam ao chamado do partido Vox. “A razão principal [da minha presença] são os planos que esse governo está implementando, como a liberação dos delinquentes das prisões. Os golpistas tiveram todas as suas penas suprimidas e eles serão até indenizados. O governo não tem nenhuma visão. Sua única ideia é fazer concessões para que eles, os socialistas, continuem no poder”, esbraveja o manifestante.

Recentemente o governo Sánchez suprimiu do Código Penal, por meio de decreto, o delito de sedição, um dos crimes dos quais são acusados nove líderes separatistas catalães que estavam detidos e foram libertados. A alteração, que deve entrar em vigor antes do fim do ano, incentivará, segundo a oposição de direita e extrema-direita, novas tentativas de secessão na Catalunha, pois serão punidas com mais leveza.

“Foi a gota d’água”, desabafa a servidora pública Marie Carmen. “Não é possível legislar sem depender do Parlamento, da oposição, de nada!”, se irrita.

Eleições antecipadas?

Em seu discurso, o líder da extrema direita Santiago Abascal pedia eleições antecipadas. "Temos um governo que governa contra o povo, que importa crimes que nem sabíamos, que reduz a pena desses crimes, que desarma a polícia", declarou o presidente do Vox.

O Executivo chefiado por Sánchez governa em minoria e desde a sua formação foi forçado a negociar com os grupos pró-independência catalães ou bascos para aprovar leis. No entanto, a hipótese de eleições antecipadas não chegou a ser cogitada além dos protestos.

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