"Orientação dos mísseis de fabricação russa é problemática", diz general francês
A queda de um míssil de fabricação russa ontem na Polônia mobiliza a imprensa francesa nesta quarta-feira (16). A explosão matou dois cidadãos poloneses na localidade de Przewodow, a 6 km da fronteira ucraniana. Os sites dos principais jornais franceses iniciaram o dia em modo live, acompanhando minuto a minuto a repercussão do incidente.
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O general Dominique Trinquant, ex-chefe da missão militar francesa na ONU, disse em entrevista ao site de informações France Info que os ocidentais devem permanecer calmos diante do episódio. A investigação determinará em breve o que aconteceu, já que as duas Forças Armadas em conflito utilizam mísseis de fabricação russa. Este especialista evoca um possível "erro de orientação do armamento e não uma tentativa deliberada de atingir a Polônia".
"Esse incidente demonstra mais uma vez que a orientação dos mísseis russos é problemática, mesmo que eles possam encontrar uma desculpa como 'os sinais GPS são bloqueados pelo Ocidente e é por isso que nossos mísseis não funcionam bem'", afirma o francês.
Outro cenário hipotético, segundo este general francês, é que o sistema de defesa antiaéreo ucraniano tenha funcionado "muito bem" contra a centena de mísseis enviados pela Rússia contra seu território na terça-feira (14), e que um míssil russo dessa bateria antiaérea ucraniana tenha atingido um dos mísseis lançados por Moscou, que desviou de trajetória e foi mais longe do que o previsto. Uma investigação detalhada poderá esclarecer precisamente o que ocorreu.
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, considera "altamente provável que o míssil que explodiu no território polonês seja proveniente das baterias antiaéreas ucranianas, relata o Le Monde.
Já o Le Figaro aborda as dificuldades enfrentadas pelos ocidentais para isolar Moscou na cúpula do G20, apesar da agressão de Moscou ao país vizinho. O presidente chinês, Xi Jinping, não é favorável a uma escalada nuclear, "mas seria uma ilusão acreditar que o dirigente chinês pressionará Vladimir Putin a acabar com essa guerra", assinala o Le Figaro em seu editorial.
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