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Otan diz que apoiará Ucrânia “enquanto for preciso” e EUA ampliam presença militar na Europa

Os quatro meses de invasão russa à Ucrânia despertaram e reunificaram os líderes da Otan. Durante um encontro considerado histórico em Madri, os chefes da Aliança do Atlântico Norte mostraram unidade para combater os avanços da Rússia. Nesta quarta-feira (29), a Otan garantiu que manterá seu apoio à Ucrânia, enquanto os Estados Unidos ampliam sua presença militar no continente europeu.

Foto dos líderes reunidos durante Cúpula da Otan em Madri, no dia 29 de junho.
Foto dos líderes reunidos durante Cúpula da Otan em Madri, no dia 29 de junho. REUTERS - POOL
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Com informações de Romain Lemaresquier, enviado da RFI a Madri.

Após uma cúpula de dois dias na Espanha, os membros da Otan reafirmaram o apoio da aliança à Ucrânia "pelo tempo que for preciso" para resistir à invasão russa. Eles também anunciam a abertura do processo de adesão da Finlândia e da Suécia.

Na declaração final do encontro, os 30 países-membros apontaram a “total responsabilidade” de Moscou pela “catástrofe humanitária” que acontece na Ucrânia e condenaram a "crueldade" da invasão russa.

Durante a tarde, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o aumento da presença militar norte-americana no continente europeu diante da ameaça de Moscou. Biden citou o envio de tropas à Espanha, Polônia, Romênia, Países Bálticos, Reino Unido, Alemanha e Itália.

O objetivo deste destacamento seria o de fortalecer as tropas da Otan para "responder às ameaças", disse o presidente nesta quarta-feira, sem citar o número de soldados envolvidos. “Se Vladimir Putin esperava um enfraquecimento da Otan ao atacar a Ucrânia, é o efeito oposto que está acontecendo. "Haverá mais Otan, não menos", disse Biden.

Europa com Otan fortalecida

Os líderes da Otan também lançaram formalmente o processo de adesão da Finlândia e da Suécia à aliança, dois países que decidiram abandonar sua tradicional neutralidade militar diante da invasão russa.

A incorporação da Finlândia, e seus 1.300 km de fronteira terrestre com a Rússia, fará com que a Otan mais do que dobre seus limites territoriais com este país.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou a ampliação da aliança. “A entrada da Finlândia e da Suécia torna a Otan maior, mais europeia e mais forte. Putin queria nos dividir. O que ele conseguiu foi um alinhamento mais forte entre a União Europeia e a Otan. Este é um bom dia para a aliança do Atlântico Norte, para a União Europeia, para a Finlândia e para a Suécia”, publicou.

A Rússia respondeu aos anúncios com críticas ao que chamou de "agressividade" dos países da Aliança. O vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Ryabkov, chamou a ampliação da Otan de "profundamente desestabilizadora".

Mas o representante de Moscou afirmou que o país não se sente intimidado pelo anúncio do aumento de tropas norte-americanas no continente europeu. "Aqueles que propõem tais decisões têm a ilusão de que a Rússia pode ser intimidada, de alguma forma contida: eles não terão sucesso", respondeu Ryabkov.

(Com informações da AFP)

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