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100 dias da guerra na Ucrânia: "até quando tropas de Zelensky resistirão?", pergunta imprensa francesa

Os 100 dias da guerra na Ucrânia estão nas capas dos principais jornais franceses nesta sexta-feira (3). Os diários destacam a progressão das tropas russas na região do Donbass e a resistência dos ucranianos: "até quando?" pergunta Le Parisien

Policiais falam com um residente em frente a sua residencia que foi destruida por um bombardeio em Lysychansk, região de Luhansk, Ucrânia, 2 de junho de 2022.
Policiais falam com um residente em frente a sua residencia que foi destruida por um bombardeio em Lysychansk, região de Luhansk, Ucrânia, 2 de junho de 2022. REUTERS - SERHII NUZHNENKO
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O diário aborda a surpresa e a admiração de toda a Europa com a resistência da Ucrânia, mas questiona quanto tempo o país pode ainda aguentar. "Putin fracassou em seu sonho de guerra relâmpago, que permitiria acabar com o regime de Zelensky e ocupar todo o país, mas adaptou sua estratégia à inesperada fraqueza de seu exército", publica Le Parisien

Em entrevista ao diário, Pierre Servent, especialista em guerras, afirma que a Rússia deixou para trás a fase da ofensiva que se concentrava em cercar cidades, como fez com Mariupol, para investir em ataques massivos, o que permitiu às tropas russas registrar uma progressão importante. Segundo Kiev, a Rússia tomou até agora 20% do território ucraniano. 

"Após 100 dias, a Rússia mira no Donbass" é a manchete do jornal Le Figaro. O diário sublinha que se antes o Kremlin dizia que suas forças poupavam civis, o discurso foi definitavemente deixado para trás. "Na terça-feira (31), tiros da artilharia russa mataram moradores de Sloviansk, uma das grandes cidades do leste ainda mantidas pelo exército ucraniano", publica.

Destruição total

O centésimo dia de guerra também é destaque no site do jornal Le Monde. "Zelensky faz apelo em prol do fim da catástrofe" é o título da reportagem do enviado especial do diário ao Donbass. Ele descreve uma operação de destruição total das cidades desta região do leste, "uma espécie de rolo compressor que transformou Severodonetsk en ruínas", afirma. 

Le Monde publica que em alocução na noite de quinta-feira (2), Zelensky afirmou que a Rússia atacou ao todo 3.620 cidades do país, das quais 1.017 foram retomadas pelas tropas ucranianas. Cerca de 12 milhões de civis se deslocaram internamente, enquanto cinco milhões de ucranianos se refugiaram no exterior.

Zelensky diz que a Ucrânia continua a resistir porque é livre e independente e que não haverá capitulação, devido à coragem do povo. O presidente voltou a fazer um apelo à solidariedade internacional para "colocar um fim à catástrofe" e "impedir novas agressões como essas no futuro". 

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