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“Segunda retirada de civis está em curso em Mariupol", afirma secretário-geral da ONU

Em entrevista à RFI o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que civis estão sendo evacuados neste momento da usina de Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia. A Rússia disse que estabeleceria, a partir dessa quinta-feira (5), um cessar-fogo para a retirada de civis.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, em visita à Ucrânia, participa de entrevista coletiva com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Kiev, em 28 de abril de 2022.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, em visita à Ucrânia, participa de entrevista coletiva com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Kiev, em 28 de abril de 2022. AP
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“Enquanto falamos, uma segunda evacuação está em curso, um segundo comboio da ONU e do CICR (Comitê internacional da Cruz Vermelha) busca os civis na cidade de Mariupol”, disse, na noite de quarta-feira (4), Guterres, em entrevista exclusiva à RFI.

A declaração do secretário-geral aconteceu minutos antes de a Rússia informar que uma trégua de três dias, na zona de Azovstal, entraria em vigor nesta quinta-feira, com vistas à retirada de civis, refugiados no subsolo da usina. “Outras evacuações estão em preparação”, afirmou.

Imagem de um vídeo sem data, publicado no domingo, 1 de maio de 2022 pelas Regimento ucraniano de Azov, mostra pessoas andando nos escombros da usina de Azovstal, em Mariupol.
Imagem de um vídeo sem data, publicado no domingo, 1 de maio de 2022 pelas Regimento ucraniano de Azov, mostra pessoas andando nos escombros da usina de Azovstal, em Mariupol. AP

Papel da ONU no conflito

Durante a entrevista, ele falou sobre a difícil negociação com o presidente russo Vladimir Putin, em 26 de abril, em Moscou. “Foi com força e emoção que eu falei com ele sobre a necessidade de evacuar civis da usina de Mariupol. E ao fim de nossa conversa, isso permitiu que o presidente Putin prometesse pensar sobre a questão. E alguns minutos depois, seu ministro das Relações Exteriores me disse que ele tinha um acordo de princípios”, disse.  

Quando questionado sobre o papel das Nações Unidas no conflito e sobre sua dificuldade, como secretário-geral da organização, em obter um cessar-fogo, Guterres reconheceu que “isso demonstra que o poder do secretário-geral da ONU é bem menor do que pensamos.” Mas afirmou que não vai desistir, “não perderei nunca a esperança”, completou.  

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