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Entenda o que está em jogo nas eleições regionais do Reino Unido

A população do Reino Unido começou a votar nesta quinta-feira (5) em eleições regionais que darão a dimensão dos estragos do escândalo "partygate". Na Irlanda do Norte, os nacionalistas do partido Sinn Fein esperam registrar uma vitória histórica.

A população do Reino Unido começou a votar nesta quinta-feira (5) em eleições regionais que darão a dimensão dos estragos do escândalo "partygate".
A população do Reino Unido começou a votar nesta quinta-feira (5) em eleições regionais que darão a dimensão dos estragos do escândalo "partygate". © REUTERS/Toby Melville
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As seções de votação abriram às 7h pelo horário local (3h em Brasília) e ficam abertas até às 20h (16h em Brasília). O primeiro-ministro Boris Johnson votou de manhã acompanhado por seu cachorro, Dilyn, em um colégio do centro de Londres.

Os primeiros resultados serão anunciados na noite desta quinta-feira, mas será necessário esperar sexta-feira (6) ou o sábado (7) para conhecer a apuração definitiva.

Na Inglaterra, País de Gales e Escócia, os eleitores escolhem 146 conselhos municipais – incluídos os 32 distritos de Londres. Estas eleições servem como um termômetro da popularidade de Johnson e deve mostrar se os britânicos continuam confiando no Partido Conservador, apesar dos escândalos envolvendo o primeiro-ministro, que foi multado por participar de festas em Downing Street durante os lockdowns de 2020 e 2021, na pandemia de Covid-19.  

A investigação policial continua aberta e o premiê poderia ser multado novamente. Ele também será alvo de inquérito de uma comissão parlamentar para determinar se mentiu aos deputados quando garantiu que não havia infringido regras locais de onde vive e trabalha.

Considerado “mentiroso” por boa parte dos britânicos, de acordo com pesquisas de opinião, o primeiro-ministro conseguiu escapar, até agora, da demissão. Mas a rebelião interna no Partido Conservador, que se acalmou devido à guerra da Ucrânia, poderia se reavivar e ativar uma moção de censura para substituir seu líder.

Nacionalismo e inflação

Na Irlanda do Norte, o desafio é outro. A eleição define o parlamento regional, de onde deve sair o novo governo autônomo local. Pela primeira vez, os nacionalistas do Sinn Fein poderiam se impor como principal força política na região.

A última pesquisa mostra um avanço de oito pontos do partido - com 26% das intenções de voto – favorável a uma reunificação com a República da Irlanda e apoiado por católicos.

Uma vitória histórica da legenda, ex-braço político do IRA (Exército republicano irlandês), levaria sua vice-presidente, Michelle O'Neil, ao cargo de chefe do governo local. Se isso ocorrer, ela terá a missão de unir  os nacionalistas aos protestantes monarquistas do DUP, com 19% das intenções de voto e favorável a manter a Irlanda do Norte como parte do Reino Unido.

O Sinn Fein tem como objetivo principal a reunificação da Irlanda. Mas durante estas eleições, O’Neill se centrou mais em questões sociais urgentes como a inflação e o aumento do custo de vida.

No resto do país, principalmente na Inglaterra, o Partido Trabalhista, primeira legenda de oposição britânica, busca aproveitar a queda na popularidade de Johnson para reconquistar os bastiões da esquerda que o conservador ganhou na eleição legislativa de 2019.

(Com informações da AFP)

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