Rússia faz ultimato a soldados ucranianos em Mariupol para que se rendam
A Rússia fez um ultimato neste domingo (17) para que os últimos soldados ucranianos que resistem em Mariupol se rendam e entreguem as armas. Moscou afirma controlar a maior parte da cidade, após semanas de combates.
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“Todos os que abandonarem as armas terão a garantia de ter as vidas salvas”, afirmou o Ministério russo da Defesa no Telegram. “É a única chance de vocês”, ameaçou.
De acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um vídeo divulgado em redes sociais na noite de sábado (16), a situação em Mariupol é “desumana”. Zelensky reiterou o pedido para que os países ocidentais forneçam “imediatamente” armas pesadas para reduzir a pressão russa sobre a cidade.
Em entrevista a um site de notícias, o presidente ucraniano afirmou que "a eliminação" de soldados ucranianos em Mariupol, "acabaria com qualquer negociação de paz" com Moscou.
A conquista da cidade seria uma vitória importante para os russos porque permitiria consolidar os ganhos territoriais de Moscou nas costas do Mar de Azov, que liga a região do Donbass à Crimeia, anexada à Rússia em 2014.
As negociações entre a Rússia e a Ucrânia estão paralisadas há vários dias e chegaram a um ponto extremamente difícil, de acordo com representantes ucranianos. Já o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de falta de coerência.
O exército russo também anunciou ter bombardeado e destruído, neste domingo, outra fábrica de armamentos ucraniana nas proximidades de Brovary, subúrbio de Kiev.
Suspensão de corredores humanitários
As autoridades ucranianas anunciaram neste domingo a suspensão de corredores humanitários para evacuação de civis no leste do país. A decisão foi tomada, segundo a vice-primeira ministra da Ucrânia, Iryna Verechtchouk, por falta de acordo com Moscou sobre um cessar-fogo.
A vice-premiê declarou nas redes sociais que todos os esforços estão sendo feitos para reabrir os corredores humanitários o mais rápido possível. Verechtchouck também pediu a abertura de uma via de evacuação para os militares feridos na cidade de Mariupol.
De acordo com o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), David Beasley, mais de 100.000 civis sofrem com a falta de comida, água, eletricidade e aquecimento em Mariupol.
(Com informações de agências de notícias)
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