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Rússia faz ultimato a soldados ucranianos em Mariupol para que se rendam

A Rússia fez um ultimato neste domingo (17) para que os últimos soldados ucranianos que resistem em Mariupol se rendam e entreguem as armas. Moscou afirma controlar a maior parte da cidade, após semanas de combates.

Militares da milícia da República popular de Donetsk passam diante de prédios destruídos, em uma zona controlada pelas forças separatistas apoiadas pela Rússia, em Mariupol, na Ucrânia, em 16 de abril de 2022.
Militares da milícia da República popular de Donetsk passam diante de prédios destruídos, em uma zona controlada pelas forças separatistas apoiadas pela Rússia, em Mariupol, na Ucrânia, em 16 de abril de 2022. AP - Alexei Alexandrov
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“Todos os que abandonarem as armas terão a garantia de ter as vidas salvas”, afirmou o Ministério russo da Defesa no Telegram. “É a única chance de vocês”, ameaçou.

De acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um vídeo divulgado em redes sociais na noite de sábado (16), a situação em Mariupol é “desumana”. Zelensky reiterou o pedido para que os países ocidentais forneçam “imediatamente” armas pesadas para reduzir a pressão russa sobre a cidade.

Em entrevista a um site de notícias, o presidente ucraniano afirmou que "a eliminação" de soldados ucranianos em Mariupol, "acabaria com qualquer negociação de paz" com Moscou.

Uma bandeira ucraniana rasgada entre dois prédios destruídos, em Mariupol, em 14 de abril de 2022.
Uma bandeira ucraniana rasgada entre dois prédios destruídos, em Mariupol, em 14 de abril de 2022. © REUTERS - ALEXANDER ERMOCHENKO

A conquista da cidade seria uma vitória importante para os russos porque permitiria consolidar os ganhos territoriais de Moscou nas costas do Mar de Azov, que liga a região do Donbass à Crimeia, anexada à Rússia em 2014.

As negociações entre a Rússia e a Ucrânia estão paralisadas há vários dias e chegaram a um ponto extremamente difícil, de acordo com representantes ucranianos. Já o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de falta de coerência.

O exército russo também anunciou ter bombardeado e destruído, neste domingo, outra fábrica de armamentos ucraniana nas proximidades de Brovary, subúrbio de Kiev.

Suspensão de corredores humanitários

Uma mulher idosa, moradora de Mariupol fala com jornalistas, na zona controlada por forças separatistas apoiadas por Moscou, em 16 de abril de 2022.
Uma mulher idosa, moradora de Mariupol fala com jornalistas, na zona controlada por forças separatistas apoiadas por Moscou, em 16 de abril de 2022. © Alexei Alexandro, AP

As autoridades ucranianas anunciaram neste domingo a suspensão de corredores humanitários para evacuação de civis no leste do país. A decisão foi tomada, segundo a vice-primeira ministra da Ucrânia, Iryna Verechtchouk, por falta de acordo com Moscou sobre um cessar-fogo.

A vice-premiê declarou nas redes sociais que todos os esforços estão sendo feitos para reabrir os corredores humanitários o mais rápido possível. Verechtchouck também pediu a abertura de uma via de evacuação para os militares feridos na cidade de Mariupol.

De acordo com o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), David Beasley, mais de 100.000 civis sofrem com a falta de comida, água, eletricidade e aquecimento em Mariupol.

(Com informações de agências de notícias)

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