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Guerra na Ucrânia: Moscou diz que sanções poderiam causar queda de Estação Espacial Internacional

Moscou afirmou neste sábado (12) que as sanções ocidentais impostas após a invasão da Ucrânia pela Rússia poderiam provocar a queda da Estação Espacial Internacional (ISS). Estados Unidos e Europa anunciaram novas penalidades comerciais à Rússia na sexta-feira (11). Mais de 2,5 milhões de pessoas já fugiram da guerra da Ucrânia, segundo a ONU.

Uma explosão em um prédio de apartamentos após ataque Russo em Mariupol, na Ucrânia, na sexta-feira, 11 de março de 2022. Estados Unidos e países Europeus reforçam sanções à Rússia.
Uma explosão em um prédio de apartamentos após ataque Russo em Mariupol, na Ucrânia, na sexta-feira, 11 de março de 2022. Estados Unidos e países Europeus reforçam sanções à Rússia. AP - Evgeniy Maloletka
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De acordo com Dmitri Rogozin, responsável da Agência espacial russa Roscosmos, o funcionamento de foguetes russos, que abastecem a ISS, ficará perturbado pelas sanções. As penalidades impostas a Moscou pelos países ocidentais teriam impactos na parte russa que funciona principalmente para corrigir a órbita da estação. Isso poderia provocar a “amerrisagem ou aterrissagem da ISS que pesa 500 toneladas”, alertou o ministro.

A astronauta americana Jessica Meir caminha fora da Estação Espacial Internacional (ISS), nesta imagem parada tirada do vídeo da NASA, 18 de outubro de 2019.
A astronauta americana Jessica Meir caminha fora da Estação Espacial Internacional (ISS), nesta imagem parada tirada do vídeo da NASA, 18 de outubro de 2019. NASA TV/REUTERS

O presidente americano Joe Biden anunciou na sexta-feira (11) que os Estados Unidos e seus aliados decidiram excluir a Rússia do regime normal de reciprocidade que rege o comércio mundial. A medida abre caminho para a imposição de severas tarifas alfandegárias.

Biden quer proibir também as importações de vodca, diamantes e produtos do mar russo. Ao final da cúpula de líderes da União Europeia em Versailhes, na França, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que os europeus estavam prontos para aplicar “sanções massivas” contra a Rússia se a guerra continuasse.

O presidente do Conselho europeu, Charles Michel, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, na sexta-feira, 11 de março, em Versailhes, quando anunciaram novas sanções comerciais à Rússia.
O presidente do Conselho europeu, Charles Michel, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, na sexta-feira, 11 de março, em Versailhes, quando anunciaram novas sanções comerciais à Rússia. REUTERS - SARAH MEYSSONNIER

Mercenários sírios

O presidente russo Vladimir Putin autorizou o envio de combatentes “voluntários” vindos principalmente da Síria para reforçar o Exército russo na Ucrânia. Mercenários já combatem atualmente ao lado dos russos e dos militares síriso em apoiro ao regime de Damasco, no conflito no país. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de contratar “assassinos sírios” para “destruir” a Ucrânia.

O ministro da defesa russa, Serguei Choigou, precisou que 16.000 combatentes do Oriente Médio estavam prontos para apoiar as forças russas.

A invasão da Ucrânia pela Rússia completa 17 dias neste sábado, com as tropas russas continuam às portas de Kiev e uma ofensiva que se ampliou para a cidade de Dnipro. Em Mariupol, onde milhares de civis estão cercados há 12 dias, a situação é “quase desesperadora”, de acordo com Médicos sem fronteiras.

De acordo com a mídia local, sirenes de alerta antibombardeio soaram na madrugada de sábado em praticamente todo o território ucraniano, principalmente nos grandes centros urbanos como Kiev, Odessa, Dnipro e Carcóvia

Um armazém que estocava produtos congelados em chamas após bombardeios russos na cidade Kvitneve, nas proximidades de Kiev, sábado, 12 de março de 2022.
Um armazém que estocava produtos congelados em chamas após bombardeios russos na cidade Kvitneve, nas proximidades de Kiev, sábado, 12 de março de 2022. via REUTERS - STATE EMERGENCY SERVICE

Refugiados

Aproximadamente 100.000 pessoas foram evacuadas em dois dias das cidades ucranianas. O Alto comissariado pelos direitos humanos da ONU confimou a morte de 564 civis na Ucrânia desde o começo da ofensiva russa, entre eles, 41 crianças.  

Mais de 2,5 milhões de pessoas já fugiram da guerra da Ucrânia, segundo com a organização, em apenas duas semanas. O êxodo mais rápido desde a Segunda guerra mundial. As agências humanitárias previam a fuga de 4 milhões de pessoas durante os seis primeiros meses de ofensiva, mas o número de refugiados deve ultrapassar as previsões iniciais.

Países vizinhos à Ucrânia, como a Moldávia, têm dificuldade em acolher o fluxo de refugiados.

Kristina Dieva, de 23 anos, e seu filho Dmitre de 8 meses atravessam a fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia, em 11 de março de 2022.
Kristina Dieva, de 23 anos, e seu filho Dmitre de 8 meses atravessam a fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia, em 11 de março de 2022. REUTERS - NACHO DOCE

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