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Rússia e Reino Unido aceitam retomar diálogo sobre crise na Ucrânia

As potências ocidentais buscam uma solução diplomática para a crise com o governo russo, que mantém as tropas na fronteira com a Ucrânia. Neste sábado (22), os ministros da Defesa da Rússia e do Reino Unido concordaram em se reunir, em Moscou, para discutir a tensão russo-ocidental.

Um comboio de veículos blindados russos transita em uma estrada da Criméia, na terça-feira, 18 de janeiro de 2022. A Rússia concentrou cerca de 100.000 soldados com tanques e outras armas pesadas perto da Ucrânia, no que o Ocidente teme que possa ser um prelúdio para uma invasão.
Um comboio de veículos blindados russos transita em uma estrada da Criméia, na terça-feira, 18 de janeiro de 2022. A Rússia concentrou cerca de 100.000 soldados com tanques e outras armas pesadas perto da Ucrânia, no que o Ocidente teme que possa ser um prelúdio para uma invasão. AP
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O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, concordou em se reunir com o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, para discutir a crise a Ucrânia. A última reunião bilateral entre os dois países ocorreu em Londres, em 2013. Shoigu teria proposto o novo encontro, segundo uma fonte do Ministério da Defesa britânico. Wallace disse que  "explorará todas as maneiras para alcançar a estabilidade e a resolução da crise ucraniana. Os dois países concordaram em manter discussões "francas" na próxima semana.

Para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, há esperança de que uma invasão militar russa ou incursão na Ucrânia "não aconteça".

A Rússia é acusada pelo Ocidente de ter reunido dezenas de milhares de soldados na fronteira na Ucrânia para preparar um ataque. O Kremlin nega suas intenções militares, mas insiste na retirada das tropas estrangeiras dos países da Otan de todos os territórios que aderiram à Aliança após 1997. A lista inclui 14 países do antigo bloco comunista, incluindo a Bulgária e a Romênia, que fazem parte da União Europeia. Os ocidentais consideram as condições inaceitáveis e ameaçam a Rússia de sanções em caso de ataque.

Na sexta-feira (21), os chefes da diplomacia russa e americana, Sergei Lavrov e Antony Blinken, conversaram em Genebra. O encontro aconteceu após duas conversas telefônicas entre os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden, ocorridas em dezembro. A esperada reunião sobre a crise ucraniana  entre os chefes da diplomacia das duas potências, no entanto, terminou sem resultados concretos. Os dois lados, porém, "concordaram que um diálogo razoável é necessário" e representantes russos e americanos marcaram um encontro "para a próxima semana".

A reunião, na sexta-feira (21), entre os chefes da diplomacia russa e americana, Serguei Lavrov e Antony Blinken, em Genebra foi a última etapa de um balé diplomático que começou com duas conversas entre Vladimir Putin e Joe Biden em dezembro.
A reunião, na sexta-feira (21), entre os chefes da diplomacia russa e americana, Serguei Lavrov e Antony Blinken, em Genebra foi a última etapa de um balé diplomático que começou com duas conversas entre Vladimir Putin e Joe Biden em dezembro. AFP - ALEX BRANDON

Alemanha vai enviar hospital de campanha

A Alemanha anunciou neste sábado que enviará um "hospital de campanha" à Ucrânia no mês de fevereiro. O custo da unidade de saúde e formação de pessoal para operá-la foi estimado em € 5,3 milhões, de acordo com o governo alemão.  O anúncio foi feito pela ministra alemã da Defesa,Christine Lambrecht.

De acordo com ela, os soldados ucranianos gravemente feridos já são tratados nos hospitais do exército alemão. "Estamos ao lado de Kiev e devemos fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para ajudar a superar a crise", declarou. O país é contra a ideia de entregar armas para a Ucrânia e estima que isso apenas agravará as tensões.

(Com informações da AFP)

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